Prefeitura de Cuiabá
A implantação da hidrovia do Rio Cuiabá para integrar o sistema de transporte coletivo está entre as metas estabelecidas no Plano de Mobilidade Urbana de Cuiabá, concluído e entregue neste ano. O plano é uma diretriz para ser seguida pelo Município ao longo dos próximos anos, a fim de adequar a mobilidade urbana ao desenvolvimento da cidade.
O documento estabelece que seja desenvolvido um estudo de viabilidade técnica e econômica para a implantação do sistema. Os passeios fluviais devem abranger as cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger, de forma a estimular o aproveitamento hidroviário do Rio Cuiabá.
Annie Souza
De acordo com a secretária de Mobilidade Urbana da Capital, Luciana Zamproni, a ideia é que o morador vá via transporte público atual até alguns pontos do Rio Cuiabá e, no local, use uma embarcação para ir até Santo Antônio de Leverger.
“Vamos dar um exemplo: um morador de Várzea Grande poderá ir até a Orla do Porto e pegar uma embarcação para ir para o outro lado, através do rio. Se eu moro perto, posso atravessar sem precisar pegar a integração de um outro transporte público”, esclarece.
O sistema hidroviário já funciona em outros estados como Amazonas e Pará. Neste último, mais da metade dos municípios são ligados por rios, com uma estrutura portuária com mais de 100 pontos. “São cidades que a gente não fala em estradas. A gente fala em chegar até os locais via aeronaves ou hidrovias”, diz.
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Ideia prevista no Plano de Mobilidade é ligar Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger (foto) via hidrovia pelo Rio Cuiabá
A secretária explica que, nos casos destes estados, no entanto, o modal é utilizado não só para lazer, mas principalmente para trabalho.
“As pessoas utilizam os rios para trabalhar, para transportar produtos. Já aqui em Cuiabá estudamos o sistema para lazer. A pessoa poder vir com o transporte até Cuiabá e chegar nas regiões de turismo através da hidrovia em modal, podendo ser chalanas, para visitar outras cidades. Então, pensamos inicialmente no sentido mais do lazer e turismo e, quem sabe, futuramente, começar a pensar como modal para o trabalho”, conclui.
FONTE: RDNEWS