Desde 2019, um dispositivo facilitou – e muito – a transferência de recursos do Orçamento federal para prefeituras e governos estaduais. Com as emendas individuais de transferência especial, deputados e senadores decidem para onde vão os recursos sem precisar justificar ou informar o destino do dinheiro: a transferência é tão simples que recebeu o apelido de “emenda pix”. No início do mês, o ministro do Supremo Flávio Dino suspendeu o pagamento dessas emendas, que já passaram de R$ 4 bilhões apenas neste ano; uma decisão que ainda irá passar pelo plenário virtual do STF, mas que já fomenta reações no Congresso. Para explicar o impacto dos bilhões gastos em emendas parlamentares para o Orçamento da União e apontar os problemas de transparência na liberação desses recursos, Natuza Nery entrevista a cientista política Beatriz Rey, que faz pós-doutorado na USP e é pesquisadora da Universidade de Lisboa e da Fundação Popvox.
FONTE: Lapada Lapada