Exportações impulsionam cotações enquanto colheita da safrinha se aproxima do fim
O mercado brasileiro de milho apresentou uma semana de elevação nos preços em diversas praças de comercialização. Apesar da lentidão nas negociações em algumas regiões do mercado interno, a movimentação significativa nos portos para exportação, aliada à oferta limitada, sustentou as cotações em alta.
De acordo com a Safras Consultoria, o mercado manteve-se retraído tanto por parte dos consumidores quanto dos produtores, o que limitou o avanço das transações comerciais. As atenções continuam voltadas para o câmbio, os movimentos dos futuros do milho na Bolsa de Chicago e a paridade de exportação, que segue firme. Os consumidores, por sua vez, demonstram tranquilidade em relação ao abastecimento atual, mas com a conclusão da colheita da safrinha, a disponibilidade tende a diminuir, pressionando os preços para cima.
As negociações nos portos avançaram com preços atrativos, variando entre R$ 64,00 e R$ 66,00 por saca, o que também influenciou positivamente as cotações no mercado interno. Em estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o mercado foi mais ativo, enquanto em outras regiões, o fluxo de comercialização foi mais lento.
No balanço semanal entre os dias 15 e 22 de agosto, o preço do milho disponível ao produtor em Campinas/CIF, na base de venda, subiu de R$ 61,00 para R$ 64,00 por saca de 60 quilos, representando uma alta de 4,9%. Na região Mogiana, em São Paulo, o preço do cereal aumentou de R$ 55,00 para R$ 58,00 por saca, uma elevação de 5,4%.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 58,00 para R$ 60,00 por saca, um acréscimo de 3,4%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação avançou de R$ 46,00 para R$ 47,00 por saca, um aumento de 2,2%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço manteve-se estável em R$ 66,00.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o valor subiu de R$ 56,00 para R$ 58,00 por saca, uma alta de 3,6%. Em Rio Verde, Goiás, o preço subiu de R$ 50,00 para R$ 52,00 por saca, representando um aumento de 4,0%.
“Portal do Agronegócio”
