domingo, agosto 31, 2025

Aps ser alvo da PF, promoter batizado em igreja em Cuiab

 

Quase dois meses após ter sido solto, o promotor de eventos, Rodrigo de Souza Leal, compartilhou em seu Instagram, neste domingo (25), fotos e vídeos do seu batizado na igreja Lagoinha em Cuiabá. Agora evangélico, Rodrigo afirmou que sente como se tivesse nascido de novo.

Leal foi alvo da Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) em 5 de junho, para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ele conseguiu alvará de soltura em 21 de junho, após decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que concedeu habeas corpus ao ex-servidor da Câmara de Cuiabá impondo a ele algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Conforme as investigações, entre as contas que mais movimentaram dinheiro estava a de Rodrigo Leal. Entre 2018 e 2022, Leal movimentou R$ 27,2 milhões em suas contas.

Somente em 2022, a movimentação foi de R$ 14,2 milhões. Rodrigo foi exonerado pelo Legislativo cuiabano no mesmo dia em que foi preso na operação da Polícia Federal. A investigação da FICCO-MT identificou que criminosos teriam adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.

A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos. Foi identificado também que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fossem contratados artistas de São Paulo, tendo em vista ser o estado de outra facção, possivelmente rival da que atua no estado de Mato Grosso.

Por conta dessa ordem, o artista conhecido como MC Daniel foi hostilizado durante a realização de um show em Cuiabá, em dezembro de 2023, e teve que sair escoltado do local. O integrante da facção que promoveu o show foi punido pelo grupo com a pena de ficar sem realizar shows e frequentar casas noturnas em Cuiabá pelo período de dois anos.

As informações apontam ainda que Leal chegou a ser alvo de um “salve” determinado pelo ‘Conselho Final’ do Comando Vermelho em Mato Grosso (CV-MT). Ele foi punido por trazer um show com MC Daniel. Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, além de outros 36 de busca, nove sequestros de imóveis, 13 sequestros de veículos, afastamento de dois servidores públicos, suspensão de quatro atividades comerciais e bloqueio de 68 contas bancárias. A organização criminosa teria movimentado um total de R$ 77 milhões.

FONTE: Folha Max

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