O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas, manteve a prisão de Sabrina Mesquita Barbosa, alvo da operação “Falsus Especulator”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ela é suspeita de fazer parte de uma facção criminosa, e recebeu auxílio emergencial mesmo movimentando R$ 5 milhões entre 2017 e 2022.
A decisão monocrática do ministro é da última quinta-feira (3). Nos autos, a defesa de Sabrina argumentou que ela é mãe de três filhos menores de idade e que deveria ser beneficiada com a prisão domiciliar. Os argumentos não foram aceitos pelo ministro Ribeiro Dantas.
“Embora mãe de menores de 12 anos de idade, a paciente é uma das lideranças da organização criminosa com envolvimentos em crimes violentos e vinculação com o Comando Vermelho, mesmo diante da necessidade de observância à doutrina da proteção integral às crianças, tenho que o caso concreto não permite a concessão da prisão domiciliar”, analisou o ministro. As investigações do Gaeco revelaram que Sabrina é uma das líderes do núcleo do Comando Vermelho que atuam em cidades da região Oeste de Mato Grosso – Reserva do Cabaçal, Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Mirassol D’Oeste.
Entre os meses de abril e dezembro de 2020, ela recebeu 5 parcelas de R$ 1.200,00 mil e 4 repasses de R$ 600,00 a título de auxílio emergencial. Mesmo assim, além de movimentar os R$ 5 milhões, ela adquiriu 11 motocicletas Honda NXR Bros.
Ao todo, conforme o Gaeco, o grupo criminoso teria movimentado R$ 25 milhões entre 2018 e 2022 por meio de lavagem de dinheiro. Sabrina utilizou uma empresa para cometer os crimes.
FONTE: Folha Max