sexta-feira, novembro 22, 2024

Réu de chacina em Sinop detalha momento de ataque e nega crime premeditado | RDNEWS

Edgar Ricardo de Oliveira, réu confesso da chacina em Sinop (a 480 km de Cuiabá), em 2023, negou que o crime tenha sido premeditado. Ele afirmou que seu telefone havia sido clonado por Maciel Bruno, uma das vítimas, e que havia um plano de Bruno para roubá-lo. O depoimento foi dado durante o Tribunal do Júri, realizado nesta terça-feira (15).

Reprodução

No seu testemunho, Edgar relatou que, um tempo antes, descobriu que seu telefone havia sido clonado por Bruno, dono do bar, e que Bruno tinha um plano para roubá-lo. “Bruno já vinha armando contra mim. Coisa pessoal, não era de jogo. Chegaram notícias pra mim que o Bruno estava querendo me assaltar porque sabia que eu andava com dinheiro vivo”, relata.

Ainda segundo Edgar, no dia do crime, ele não queria ir até o bar para jogar, mas acabou sendo convencido por Bruno e pelo colega Ezequiel. No bar, durante um dos jogos contra Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, outra vítima, Edgar conta que teria sido ameaçado com uma arma de fogo por Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, uma das vítimas.

Também ficou bravo com as “sugestas” de Bruno. “Simplesmente entrar no meu psicológico. Sugesta é quando voce utiliza de uma situação aqui, para mandar uma mensagem para outra pessoa que está do lado”, relata.

Neste jogo pela manhã, ele pediu R$ 2 mil, se sentiu afrontado com os insultos e a ameaça e foi para casa. Edgar teria pensado em ir para chácara, mas no caminho, novamente foi convencido por Bruno e por Ezequiel para jogar novamente. Durante os jogos, Edgar e Ezequiel teriam usado cocaína, segundo o relato. As sugestas, no entanto, continuaram. Os insultos eram do tipo: “Ele vai entregar, igual sempre”, afirma. “Isso foi entrando dentro de mim”, acrescenta.

Depois de usar droga, Edgar diz que não se lembra de mais nada dos fatos. “Falei para o Ezequiel para ir embora, mas ele rendeu todo mundo. Aí no ápice da raiva, com tudo acontecido, estourou, aconteceu. Foi a hora que a bomba explodiu, mas ela já tinha sido acesa antes […] Quando eu vi, já tinha acontecido”, diz.

“Acha mesmo que eu iria jogar minha vida fora por causa de uma partida de sinuca de R$ 2 mil? Olha o constrangimento que eu estou passando, sendo chamado de vagabundo”, conta Edgar. Edgar ainda disse que “ninguém morre sem motivo”, e que a menor de 12 anos “morreu sem querer”.

Quem são as vítimas da chacina:

Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos

Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos

Elizeu Santos da Silva, de 47 anos

Josué Ramos Tenório, de 48 anos

Adriano Balbinote, de 46 anos

Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos

Adolescente de apenas 12 anos, filha de Getúlio

O julgamento continua sendo realizado nesta terça-feira e pode ser acompanhado pelo Youtube.

 

FONTE: RDNEWS

comando

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