O escrivão da Polícia Federal Rafael Ranalli (PL), eleito vereador da capital no último dia 6 de outubro, afirmou que ao menos cinco vereadores da futura legislatura da Câmara Municipal de Cuiabá foram eleitos com apoio financeiro, político e logístico do Comando Vermelho. Ele destacou que a facção criminosa colaborou com os candidatos seja com recursos financeiros ou intimidando eleitores, ressaltando ainda que irá investigar os nomes envolvidos com o crime organizado.
Rafael Ranalli foi vitorioso com 3.360 votos, após ter batido na trave em eleições passadas, onde ficou como suplente, assumindo como parlamentar em ocasiões esporádicas, durante períodos de licença dos titulares. O futuro vereador afirmou que soube de alguns possíveis suspeitos e que pretende investigar mais profundamente, não descartando até mesmo prendê-los durante as sessões.
“A vontade é essa. Gostaria de sair aqui e prender agora para que nem tomasse posse. Nos bastidores da campanha, quem foi eleito sabe quem é do Comando Vermelho e quem foi pelo sistema tradicional, sem ajuda das facções. Vou procurar nos bairros, cidadãos de bem que estejam dispostos a ir nas minhas redes sociais para que possamos fazer um canal com a delegacia competente, dentro da Polícia Federal, que inclusive levou a prisão do vereador Paulo Henrique”, afirmou. Paulo Henrique foi preso durante a "Operação Ragnatela" e não conseguiu ser reeleito.
Segundo Ranalli, a atuação do crime organizado dentro do meio político é motivo de preocupação, tendo em vista que o Poder Legislativo interfere no Judiciário. Ele destacou que os parlamentares eleitos com apoio de facções como o Comando Vermelho têm deixado os próprios colegas de parlamento receosos.
“É uma preocupação de vários vereadores. De quatro a cinco foram eleitos com participação direta do Comando Vermelho, seja pelo financiamento da campanha ou pela represália a população nos bairros. Se tirar o adesivo, não votar e…
FONTE: Folha Max