terça-feira, outubro 22, 2024

“O Jayme está cansado, já contribuiu; é hora de cuidar dos netos”

Vice-prefeito eleito em Várzea Grande, o empresário Tião da Zaeli (PL) afirmou que o senador Jayme Campos (União) deveria se aposentar e “ir cuidar dos netos”, após a derrota do prefeito Kalil Baracat (MDB).

 

Não tinha nenhuma dúvida que ganharíamos, estava vendo um sentimento de revolta do eleitor

Em tom respeitoso, ele disse que Jayme aparenta estar cansado, sem novas aspirações eleitorais.

 

Acho que ele não tem mais esse sonho, já cansou, porque são muitos anos na vida pública. Acho que ele nem quer mais ser candidato, está cansado. Está na hora de cuidar dos netos”, afirmouu em entrevista exclusiva ao MidiaNews.

 

Tião também disse estar com “a alma lavada” após a vitória da advogada Flávia Moretti (PL). Ele revelou detalhes dos bastidores da candidatura improvável, que ninguém apostava vencer o favorito Kalil.

 

O vice-prefeito eleito falou também do cansaço dos eleitores várzea-grandenses e dos principais desafios da gestão a partir de 2025.

 

Confira os principais trechos da entrevista e a íntegra no vídeo abaixo do texto:

 

MidiaNews – O PL estava na base dos Campos e ia apoiar a reeleição do Kalil Baracat. O senhor articulou para tirar a sigla dos adversários e lançou candidatura própria. Como foi a gestação desse projeto? 

 

Tião da Zaeli – Observando os movimentos políticos no município e também vendo o tamanho do PL, o partido mais importante do Estado e também do Brasil. Comecei a observar como um município como Várzea Grande não teria uma candidatura. E também como nós, pessoas do município, íamos ver a cidade cada vez mais estagnada em todos os aspectos sem uma disputa política?

 

Desde o início, observava que a disputa seria muito difícil. Nunca neguei isso para ninguém. Não foi fácil assumir o partido, tivemos resistências internas, mas graças ao deputado José Medeiros e o presidente Ananias Filho, foram os dois personagens centrais dessa discussão. Logo se estendeu para Brasília, quando fomos conversar com o presidente Valdemar [Costa Neto] junto com o ex-presidente [Jair] Bolsonaro. Isso se deu há, praticamente, um ano.

 

A discussão começou aqui em Mato Grosso e logo depois, quando se estendeu para Brasília, foi neste momento que eu precisava discutir uma candidatura.

 

A colocação do partido era que se eu não fosse candidato ficaria difícil, porque o quadro do município era praticamente inexistente de lideranças. Foi ai que  observei na figura da Flávia um grande potencial. Ela foi minha secretária de Desenvolvimento Urbano no ano de 2012, é urbanista e advogada. Enxerguei nela um potencial e ela foi muito corajosa, foi a primeira pessoa que contatei para ser candidata. Foi criando corpo, trazendo outras pessoas e deu no que deu.

 

 

MidiaNews – Por que houve resistência no início a essa ideia de colocar o nome da Flávia na cabeça de chapa?

 

Tião da Zaeli – A resistência vejo com muita naturalidade, porque era uma disputa muito desigual do potencial político, enfrentar um prefeito que está com a cadeira, enfrentar um dos principais grupos políticos do Estado, a máquina pública, inclusive o partido que tinha o prefeito, o governador, senadores… Lógico que os políticos mais experientes não viam possibilidade nisso e eu concordo com eles. A possibilidade era nula se você for olhar todos os aspectos em desvantagens para nós.

 

Ninguém dava essa vitória como certa, até que na última hora tudo transcorreu naturalmente para nós. Cada momento que se passava, as pesquisas não nos apontavam como vencedores, havia uma desvantagem financeira… Então, não culpo esses líderes políticos do partido.

 

Se você olhar no contexto político e quem nós estávamos enfrentando, pode-se dizer que eles tinham todo o direito de dizer que não tínhamos condição de disputar.

 

MidiaNews – Em entrevista, o deputado federal José Medeiros citou que também houve uma resistência da Direção Nacional quando o projeto de candidatura própria foi levado a Brasília. Porém, ele afirmou que o senhor nunca titubeou ao defender o projeto. O que fez o senhor ter tanta certeza da vitória?

 

Tião da Zaeli – Tinha uma força que me movia nisso, até apostar eu apostei. Não tinha nenhuma dúvida que ganharíamos, estava vendo um sentimento de revolta do eleitor. Eu cheguei a dizer em algumas entrevistas que o Kalil até ia desistir no momento que entendesse a revolta do munícipe.

 

Tenho certeza que ele não desistiu porque representava um grupo muito forte. Separando o ser humano Kalil do político, ele era a peça de um sistema, o elo de uma engrenagem e esse grupo político que ele representava já vinha deixando a desejar há muitos anos. E chegou o momento que o povo precisava dar um basta nisso.

 

Eu estava fazendo essa leitura e vendo a força do partido, porque a Várzea Grande é um município que a grande maioria é de direita, também enxergava isso, também enxerguei o potencial da Flávia. Tanto que não tinha rejeição e ela estava muito forte na rua ao fazer a abordagem do eleitor, muito cativante.

 

Ela se dispôs e eu disse naquele momento “vamos fazer essa dobradinha” e ali ficou muito claro o meu desapego do cargo. O próprio partido perguntava “por que você não é o candidato?” e eu dizia: “Fiquem tranquilos, porque o projeto vai dar certo, ela é uma excelente candidata e vamos nos completar”. 

  

Coloquei meu nome de vice, porque não tenho apego ao cargo. Tenho um sonho muito grande ver Várzea Grande se desenvolver e virar uma página de estagnação

MidiaNews – E por que o senhor não foi candidato a prefeito?

 

Tião da Zaeli – Acho que temos que dar oportunidade para outras pessoas. Eu via na Flávia muita vontade de ajudar o município e vontade de ser candidata. Nós conversamos com outras pessoas do grupo, deixamos aberto para quem quisesse discutir e ela foi a única que disse: “Eu topo e vamos para cima”.

 

Coloquei meu nome de vice, porque não tenho apego ao cargo. Tenho um sonho muito grande ver Várzea Grande se desenvolver, temos a oportunidade de ver Várzea Grande virar uma página de estagnação, de inércia, de descaso dos políticos.

  

MidiaNews – Quando o senhor se colocou como vice, qual foi a reação? Era o que queria desde o começo?

 

Tião da Zaeli – Nós tentamos fazer composição com alguns partidos que tem quadro em Várzea Grande. São onze partidos que tem um bom quadro de pessoas, deixamos aberto para negociar um vice e nenhum se propôs, porque nenhum acreditava no projeto. Ficando sozinhos, porque nenhum partido que tem quadro a altura de compor uma chapa conosco acreditava no projeto. Tivemos que ir de chapa pura por causa dessa dificuldade.

 

MidiaNews – Guarda algum ressentimento desse descrédito no projeto, até mesmo vindo dos aliados?

 

Tião da Zaeli – Não. Vou ficar muito mais decepcionado se os líderes políticos e os agentes políticos de Várzea Grande não contribuírem de agora para frente, porque a eleição passou.

 

Deixar de falar a verdade não vamos, pois a conta de o município estar nesse retrocesso é de alguém, mas cada um que faça sua reflexão. Temos uma prefeita que está aqui para desenvolver o município.

 

Nós queremos de verdade que Várzea Grande seja do povo, não que represente apenas um grupo, uma família.

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Tião da Zaeli

Tião da Zaeli foi quem liderou o projeto para haver uma candidatura do PL em Várzea Grande

MidiaNews – Como era a estrutura de campanha? Quantas pessoas trabalhavam com vocês? Pode-se dizer que era quase improvisada, se comparada a do adversário?

 

Tião da Zaeli – Nós tivemos em torno de 300 pessoas. Foi um número muito baixo em comparação com os nossos adversários, mas é natural, uma prefeitura que tem mais de 10 mil funcionários se você tirar 10% já tem mil.

 

Então, foi bastante desproporcional no efetivo de pessoas. Tudo foi desfavorável, o efetivo de pessoas, os recursos, os partidos, a grande maioria ficou do lado dele [Kalil], porque realmente não via na nossa chapa possibilidade de ganhar.

  

MidiaNews – O senhor já disputou como candidato a prefeito anteriormente e teve derrotas para os Campos. Elas foram importantes para o que o senhor trouxe na campanha deste ano? A estratégia mudou?

 

Tião da Zaeli – Não, minha estratégia desde a primeira derrota nunca mudou, o que mudou foi a cabeça do eleitor. Fiz uma campanha em 2012, não tive êxito, mas da mesma maneira que tratei o eleitor em 2012 tratei em 2020 e desta vez também. Que é falando a verdade e mostrando ao eleitor uma opção de mudança. 

 

O eleitor chegou um momento que pensou “realmente, temos que mudar”, porque não é possível que está ali há mais de 40 anos esperando que a cidade vai melhorar e continuar votando no mesmo projeto, no mesmo grupo.

 

Então, a gente viu que foi o eleitor que mudou de postura, porque a nossa sempre foi a mesma. Nunca tivemos força de recursos para fazer campanha, nunca fiz campanha com dinheiro, nunca fiz campanha dando dinheiro para eleitor e para grupos. 

 

Eu e a Flávia não temos nenhuma dívida e nenhum compromisso, temos compromisso só com o povo. A população vai ter vez, poder reclamar, exigir, porque agora os recursos serão destinados para chegar na ponta.

 

MidiaNews – O deputado Medeiros mencionou também que, por causa dessa insegurança no projeto, o PL destinou pouco recurso para a campanha. O senhor e a Flávia precisaram tirar dinheiro do próprio bolso para bancar a eleição?

 

Tião da Zaeli – Nós fizemos a campanha dentro do que o partido disponibilizou. Realmente foi bastante tímido, digamos assim, em detrimento do que o PL investiu em Cuiabá, mas só tenho que agradecer, porque isso nos fez mais forte e deu mais força para ir para rua e conversar com o eleitor. Ficou mais uma vez provado que ali não era mais recurso, poderia ter mandado quanto fosse a mais, o resultado seria o mesmo.

 

De verdade foi a confiança que o eleitor teve na nossa chapa e a vontade de mudança que eles estavam.

 

MidiaNews – Na análise do senhor, o que significa essa derrota dos Campos? Uma libertação para o povo?

 

Tião da Zaeli – Sim. Na abordagem que fazíamos, o eleitor dizia: “Chega dessa velha política”. O nosso adversário foi conceituado de velha política, ou seja, apesar de Kalil ser jovem na política, trabalhou com as velhas práticas. De vender o céu e entregar o inferno ao eleitor.

 

Lá na eleição dele tudo que prometeu não cumpriu. Não foi acessível, não foi para a rua, não deu a cara para o eleitor, foi quatro anos omisso com as situações, quatro anos não tomando decisões para que o município avançasse e quatro anos tomando decisões para os companheiros. Nós temos que tomar decisões para o povo, cuidar das pessoas.

 

MidiaNews – Durante a campanha pegou o apelido de “gerente” que vocês usavam para o Kalil. Esse apelido saiu da cabeça de quem? Como surgiu? Acha que isso deu a tônica do discurso na campanha?

 

Tião da Zaeli – Quem deu o apelido para o Kalil foi ele mesmo, não foi ninguém. Foi o comportamento dele. Se você não assume a posição que você está e começa a deixar terceiros mandar na sua obrigação, no seu dever… Ele tinha o dever de administrar o município, mas deixava que outros interferissem. Foi a própria prática dele que fez com que isso acontecesse.

 

MidiaNews – A gente percebe que tem muita gente até mesmo torcendo para que o senhor e Flávia briguem. Acho que até o senhor já pode ter ouvido sobre previsões de um rompimento futuro entre vocês. O que tem a dizer sobre isso? É plantação ou um temor real?

 

Tião da Zaeli – Não existe nenhuma possibilidade de rompimento, porque eu e a Flávia temos o mesmo propósito, que é mudar a condução política do município. Está nas nossas mãos mudar isso e ganhar não significa que mudou. Mudar mesmo é nesses quatro anos se a gente entregar o que o munícipe realmente quer.

 

Não existe nada sem conflitos, existe conflito de esposa com marido, irmão com irmão, guerra entre nações. Vai ser uma guerra, mas uma guerra de propósito, o sentido é um só. Não existe possibilidade, até mesmo porque não tenho vaidade com o cargo, se eu quisesse ser prefeito tinha sido candidato. Já mostrei, quando abri mão de ser candidato para colocar a Flávia, que eu não tenho vontade do cargo. Tenho vontade de ver Várzea Grande melhor.

  

Ela me surpreendeu positivamente em como ela tem uma abordagem bacana com o eleitor, como ela é simpática e guerreira. Ela trabalhou muito e é merecedora dessa vitória.

 

MidiaNews – O senhor foi líder nessa campanha em  Várzea Grande e agora como está a questão do Governo? É o senhor que vai liderar, é a Flávia ou tem algum acordo entre os dois?

 

Tião da Zaeli – Nós temos o entendimento de que, não só eu, mas nosso grupo de cinco pessoas vai traçar o que é melhor. Nada que gera uma discussão em defesa de alguns nomes e enxugamento, porque nesse momento a gente trabalha nome e enxugamento da máquina.

 

A prefeitura de jeito nenhum pode caminhar com o tamanho que está, tem que caminhar com a carga que pode caminhar, dentro da realidade, da realidade da sua receita, dentro da realidade do que é Várzea Grande.

 

No município, a classe média-baixa cresceu muito, a classe média-alta fugiu, por causa dos empreendimentos que não resistiram, por causa da infraestrutura que não existiu e o município empobreceu. A cidade perdeu renda, perdeu investimentos e temos a consciência de que ela deve andar com o tamanho que ela pode andar.

 

Não é possível um município não ter remédio para as pessoas necessitadas, para as pessoas de baixa renda.

 

Não existe nenhuma possibilidade de rompimento, porque eu e a Flávia temos o mesmo propósito, que é mudar a condução política do município

MidiaNews – O senhor acredita, então, que o prefeito Kalil fez da prefeitura um cabide de empregos?

 

Tião da Zaeli – Fez, de verdade. Nós falamos isso na campanha, a quantidade de pessoas que tem na Prefeitura não é suportável e nós sabemos disso e a sociedade sabe disso.

 

MidiaNews – A prefeita eleita afirmou que o senhor não quer assumir nenhuma secretaria. Realmente não há nenhuma chance?

 

Tião da Zaeli – Eu não tenho a intenção de assumir, mas se caso a prefeita precise, vou atendê-la. Porém, definitivamente não tenho a intenção, quero usar minha experiência, o tempo que já passei e mostrar o caminho mais curto.

 

Tenho condições de dizer para ela que desses dois pontos, o caminho mais perto é esse, algo que não tive quando fui prefeito e acabei, em alguns momentos, indo pelo caminho mais longo. Hoje, com a experiência que tenho, consigo dar essa dica.

 

MidiaNews – E qual a sensação de ter vencido esse grupo que por anos dominou Várzea Grande?

 

Tião da Zaeli – Derrotei um grupo que muitas vezes me derrotou. No momento que eles me derrotaram fiquei em silêncio, respeitei a vontade do eleitor e fui para casa trabalhar e cuidar da minha vida. Eu e a Flávia teríamos feito a mesma coisa se tivéssemos perdido a eleição.

 

Vejo que estou de alma lavada, não pelo cargo, mas de alma lavada. Muito preocupado com a gestão que vamos assumir, a prefeitura está bastante balançada, o desafio vai ser grande.

  

Ou fiquem em silêncio ou contribuam de alguma forma, respeitando quem de fato manda no município.

 

MidiaNews – A Flávia afirmou que está aberta ao diálogo com os Campos para buscar recursos. O senhor também tem esse entendimento ou prefere manter a distância?

 

Tião da Zaeli – O diálogo institucional e respeitoso é de grande valia, mas o diálogo de intervenção e de críticas infundadas, de maneira que não deixa o município avançar, eu reprovo.

 

Porém, de todo modo, acho que ainda tem tempo deles repararem as injustiças que foram cometidas com o município. Como eles estão em cargos, tanto o Júlio quanto o Jayme, ainda há tempo de ajudar a cidade a sair desse caos e retrocesso que existe, principalmente ajudando a criar no município uma infraestrutura de saneamento básico, viária, urbanística para que Várzea Grande deixe de ser chacota.

 

A cidade em muitos momentos é chacota dos moradores de Cuiabá. Se isso existe está na conta de alguém e dá tempo de reparar.

 

MidiaNews – No final de setembro, o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) foi alvo de uma operação por um esquema que envolvida diretoria e funcionários. Pelo que a Polícia revelou, havia uma cultura de corrupção lá. Qual a importância de uma varredura? Haverá demissões?

 

Tião da Zaeli – O nosso entendimento é que o servidor contribua realmente com o município, independente de indicação política. Porque a relação de trabalho e emprego é que você compra a mão de obra do funcionário e ele entrega. Se essa mão de obra não estiver sendo entregue, independente de indicação política, ele não vai ficar.

 

Se ele estiver trabalhando e contribuindo com o município, vai ficar. Não vai ter caça às bruxas, precisamos administrar o município, mas de fato tem algumas coisas que não são legais, não são republicanas e não vão ficar.

 

MidiaNews – O escândalo de corrupção no DAE é o único em Várzea Grande ou vocês acreditam que possa haver mais? Que setores geram mais desconfiança de vocês?

 

Tião da Zaeli – O indicativo que realmente nos remete a pensar são as demandas que não são atendidas. A coleta de lixo deixa a desejar, a distribuição de remédio deixa a desejar, coisas básicas não estão sendo entregues. Por que não estão?

 

A questão do radar é outra situação, vamos averiguar se está realmente cumprindo o propósito, mas não podemos permitir que continue do jeito que está. Se você vê a coleta de lixo do jeito que está e o contrato que está sendo pago, onde está a deficiência? Ou a empresa não recebe ou não presta o serviço adequado?

 

São várias situações que só entrando lá para vermos e a Flávia, com certez,a vai tomar as medidas.

 

MidiaNews – O senador Jayme Campos tem falado em ser candidato ao Senado em 2026. Essa derrota para vocês sepulta esse sonho?

 

Tião da Zaeli – Acho que ele não tinha mais sonho, já cansou, porque são muitos anos na vida pública. Acho que ele nem quer mais ser candidato, está cansado, está na hora de cuidar dos netos.

 

Realmente ele queria ajudar o Kalil, mas não vejo ele mais com aspiração política. Ele já me falou uma vez que era a última vez dele no Senado, que não tinha mais aspiração. Tivemos essa conversa há 10 anos e ele falou que estava para aposentar. Acredito que ele não tem mais aspiração política.

Eu também estou no final de carreira, mais uma eleição e já está na hora de aposentar.

 

Inclusive para dar oportunidade para outros, precisamos de novas lideranças do município, temos que fortalecer o grupo, ter vereadores jovens que daqui uns dias vão ser deputado, prefeito, senador. Precisamos ver que não é só nas empresas que tem que ter a transição de poder, na política precisa também abrir espaço para os outros que vem.

 

Lamento muito Várzea Grande não ter lideranças políticas, ficou restrita a uma família só.

 

Acho que pelo comportamento dele, esse é o último mandato de senador. Acho que está fazendo a mala para aposentar e vai aposentar no auge, senador. Já contribuiu. O que ele tinha vontade de fazer já fez.

 

 

MidiaNews – Acha que a “dinastia” Campos talvez esteja perto do fim em Várzea Grande?

 

Tião da Zaeli – O meu desejo é que nasça as novas lideranças políticas e vejo também que é um ciclo. Acho que o ciclo de um vence, começa o de outro e a vida segue. Lamento não ter novas lideranças e, eu e a Flávia, vamos fazer com que isso mude. Que, de fato, nasça outro grupo político, que venham novas lideranças, que o jovem venha para a política.

 

O jovem precisa passar a se interessar para a gente mudar esse quadro e aqueles medalhões que estão lá no Senado, aqui na política do Estado façam  essa troca de ciclo.

 

Assista a entrevista:

 

FONTE: MIDIA NEWS

comando

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