O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que ‘ficou sabendo’ de uma suposta articulação do ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) e do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB), para influenciar na eleição da Mesa Diretora na Câmara Municipal de Cuiabá e por isso passou a defender uma chapa 100% feminina, mas sem a participação de sua esposa, a vereadora eleita Samantha Iris (PL).
Segundo Abilio, quem estaria participando da articulação seriam os vereadores Jefferson Siqueira (PSD), Marcos Brito Junior (PV), Marcrean Santos (MDB), Adevair Cabral (SD) e demais vereadores aliados ao atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que foram reeleitos no pleito de outubro deste ano. Diante disso, Abilio defende uma chapa composta apenas por mulheres.
“Com essa interferência externa para o Poder Legislativo e a tentativa de colocar alguém na presidência que poderia dificultar minha gestão, me acendeu um alerta. Minha sugestão é da Paula Calil (PL), mas não é só a Paula, está havendo uma possibilidade de uma chapa composta totalmente por mulheres. PSB sugeriu Katiuscia para a primeira secretaria, União Brasil propôs Michelly Alencar, Republicanos a Maysa Leão”, explicou ele nesta terça-feira (5).
Após a sessão, o bolsonarista e o vereador Jefferson Siqueira (PSD) tiveram um bate-boca no plenário Paschoal Moreira Cabral. Na discussão, Abilio afirmou que não aceitava ‘faca no pescoço’. Já o vereador rebateu dizendo que a Casa de Leis não será um ‘puxadinho’ do Palácio Alencastro.
“Estou na condição de prefeito eleito, assumo a partir de 2025 e tinha me afastado desse procedimento, não tinha me envolvido em nada, mas a partir do momento que a gente ouve nos corredores o que o Jefferson está fazendo, a influência do Fávaro e do Botelho, essa tentativa de fazer uma Mesa que vai me colocar em más condições nos dois primeiros anos de mandato eu não posso ficar de braços cruzados assistindo”, disparou.
Questionado sobre a discussão com Jefferson Siqueira, Brunini afirmou que defendeu a independência e autonomia do Legislativo. “Eu estava sentado com o Felipe Corrêa e ele chegou na minha frente e falou algumas coisas, como que não queria que a Câmara fosse um puxadinho da Prefeitura. Eu falei que também não vai ser puxadinho do Fávaro, do Botelho, de nada. A Câmara é independente. Ele ficou irritado e começou a discutir. Fiquei bem tranquilo sentado ali”, contou.
FONTE: Folha Max