sábado, julho 12, 2025

TJ v empresrio ‘figura central’ para esclarecer esquema de R$ 1,8 bi em MT

 

Na decisão em que manteve preso temporariamente o empresário Edézio Correa, alvo da Operação Gomorra, o desembargador Hélio Nishyiama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), destacou que o suspeito é responsável por chefiar a organização criminosa que teria operacionalizado um esquema de fraudes em licitações em cidades do estado. O grupo detém R$ 1,8 bilhão em contratos públicos e foi alvo da ação policial, que cumpriu seis mandados de prisão temporária na última quinta-feira (11).

Jânio Correa da Silva, Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Waldemar Gil Correa Barros, Roger Correa da Silva e Eleide Maria Correa, enquanto proprietários das empresas Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda., Centro América Frotas e Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda, integravam o esquema. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, Edézio Correa, é a figura central da organização criminosa, constituída para fraudar licitações, existindo elementos que dão conta que é ele quem, efetivamente, participa das operações das empresas Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e Centro América Frotas, todas com fortes indícios de participação em fraudes a procedimentos licitatórios.

As defesas de Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros, Eleide Maria Corrêa, Karoline Quatti Moura e Jânio Corrêa da Silva apontavam que “não existe a mínima demonstração da necessidade de qualquer espécie de restrição cautelar dos investigados”. Foi ressaltado ainda que os suspeitos “se colocaram à disposição dos condutores da investigação criminal, a fim de se apresentar os esclarecimentos que se entendessem necessários”.

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) sequer pediu a prorrogação da medida para o quinteto, que acabou sendo solto na segunda-feira (11), quando terminou o prazo da prisão temporária. No entanto, Edézio Correa permanecerá preso por mais cinco dias, podendo ter ao final deste período, a prisão temporária convertida em preventiva, o que transformará sem prazo.

Para justificar a extensão da prisão do empresário, o desembargador destacou que o MP-MT fez o pedido de prorrogação com finalidade de preservar as investigações, ressaltando que ele é apontado como figura central dos supostos crimes. Baseado nisso, foi determinada a extensão da decisão contra Edézio Correa pelo magistrado.

As organizações tinham contratos com cerca de 100 prefeituras e câmaras no Estado. “A complexidade dos delitos investigados, em especial por conta do suposto uso de diversas empresas e interpostas pessoas, bem como da necessária análise de diversos documentos relativos aos contratos administrativos e seus processos licitatórios, além dos respectivos pagamentos, comprovam a imprescindibilidade da prorrogação da prisão temporária, ao menos do investigado Edézio Corrêa, apontado pelas investigações como figura central dos supostos crimes, para, assim, melhor elucidar os fatos, inclusive quanto à participação individualizada, em tese, dos demais investigados”, diz a decisão obtida com absoluta exclusividade pelo FOLHAMAX.

FONTE: Folha Max

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