quinta-feira, novembro 14, 2024

PJC não indicia investigador por morte de idoso no Contorno Leste: Legítima defesa | RDNEWS

A Polícia Civil de Mato Grosso conclui pelo não indiciamento do investigador Jeovânio Vidal Griebel pela morte do fazendeiro João Antônio Pinto, de 87 anos, ocorrida em 23 de fevereiro deste ano, na região do Contorno Leste, em Cuiabá. À época, o idoso estava sendo ameaçado por invasores de terras e teria apontado sua arma de fogo contra a equipe policial por achar que eram pessoas tentando invadir sua propriedade.

Investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conduzida pelo delegado Marlon Conceição Luz, concluiu que o policial agiu com a intenção de “se proteger e proteger sua equipe”. O delegado pediu à Justiça pelo arquivamento do caso. Relatório, assinado no último dia 30 de outubro, cita perícias feitas e salienta que não foram encontradas “provas que indicassem premeditação ou ajuste prévio, reforçando a hipótese de legítima defesa”.

Rogério Florentino

O relatório do inquérito reúne depoimentos dos policiais que presenciaram a morte de João Antônio, funcionários do idoso, além de familiares da vítima. Além disso, cita resultados do laudo pericial de uma câmera de segurança, que não registrou imagens do período requisitado e ainda estava com a configuração de data e hora incorretas devido à falta de carga de bateria. 

“A última gravação relevante data de 13/01/2022, e as únicas imagens posteriores mostraram a chegada da perícia ao local do crime. O perito sugeriu que o DVR operava apenas em modo de visualização, sem gravação após a data mencionada, e não foram recuperadas imagens apagadas”, aponta o laudo pericial.

Conforme relatório de investigação, João não tinha a intenção de reagir à abordagem policial, mas buscava se defender de uma possível agressão por parte de indivíduos que estavam invadindo sua propriedade. 

Segundo a DHPP, o inquérito policial foi instaurado com “aparência de legítima defesa”, mas foi necessário investigar os fatos e “apesar de diversos pedidos judiciais invasivos, não foram encontradas provas que indicassem uma intenção prévia de matar a vítima”. O delegado ainda salientou que os policiais usaram de “força moderada” durante a abordagem.

“Neste caso, a agressão iminente foi configurada pelo ato da vítima de sacar e apontar a arma para os policiais, que se viam diante de uma ameaça à sua vida, uma vez que a vítima portava a arma de forma irregular e com energia suficiente para provocar lesões e causar a morte. A análise demonstra que a vítima foi atingida por um único disparo, indicando moderação no uso da força pelos policiais”, afirmou o relatório.

Diante disso, o delegado sugeriu o arquivamento do inquérito policial.

FONTE: RDNEWS

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