Rodinei Crescêncio
O filme “Ainda Estou Aqui” tem sido aclamado tanto no Brasil quanto no exterior, despertando reflexões sobre memória, justiça e democracia. Dirigido por um cineasta brasileiro com sensibilidade para temas históricos, a obra emerge como uma poderosa narrativa que transcende fronteiras, sendo cotada como forte candidata a representar o Brasil no Oscar. Seu sucesso internacional reforça a importância de um cinema brasileiro que dialoga com o mundo, destacando histórias que, embora locais, possuem apelo universal.
O enredo de “Ainda Estou Aqui” resgata uma memória essencial: os impactos de um regime autoritário na vida de pessoas comuns e a luta pela verdade e reparação. O filme evoca questões universais de repressão, resistência e direitos humanos. Sua narrativa delicada e pungente reflete a busca por justiça de uma personagem central que simboliza vozes muitas vezes silenciadas ao longo da história.
Essa representação é especialmente relevante no contexto contemporâneo, onde a democracia, em várias partes do mundo, enfrenta desafios. Ao trazer à tona histórias do passado, “Ainda Estou Aqui” convida o espectador a refletir sobre a importância de proteger e fortalecer regimes democráticos, onde o diálogo e o respeito aos direitos humanos prevaleçam.
“O sucesso internacional do longa ressalta a força narrativa do cinema brasileiro e sua capacidade de engajar audiências globais”
O sucesso internacional do longa ressalta a força narrativa do cinema brasileiro e sua capacidade de engajar audiências globais. Este é um marco significativo para a indústria cinematográfica nacional, que historicamente enfrentou desafios estruturais e econômicos. Representar o Brasil no Oscar, caso venha a ocorrer, seria mais do que um reconhecimento artístico; seria uma oportunidade de projetar as histórias brasileiras no cenário global, promovendo uma compreensão mais profunda do país e de sua rica, embora complexa, trajetória histórica.
Além disso, “Ainda Estou Aqui” ensina lições importantes sobre a resiliência do povo brasileiro e a centralidade da memória histórica na construção de uma sociedade democrática. Ao mostrar como o passado afeta o presente, o filme ressalta a importância de preservar espaços para o debate, a liberdade de expressão e o aprendizado contínuo com os erros da história. Para o mundo, é um lembrete do quão frágil pode ser a democracia e do trabalho constante necessário para sua manutenção.
O filme ainda lança um olhar crítico sobre regimes que negligenciam a voz do povo, mostrando os impactos de decisões políticas autoritárias. Sua mensagem, no entanto, transcende críticas, destacando a importância de sistemas que respeitem a diversidade de pensamentos e experiências. Ao apresentar uma história profundamente humana, “Ainda Estou Aqui” coloca o Brasil no centro de uma conversa global sobre democracia, memória e direitos, tornando-se não apenas uma obra cinematográfica, mas um legado cultural indispensável. O filme nos lembra que a memória não é apenas uma ferramenta para o passado, mas um instrumento vital para moldar um futuro mais justo e inclusivo. Nos lembrando que, apesar de tudo, ainda estamos aqui.
Escrito com Sara Nadur Ribeiro
Mauricio Munhoz Ferraz, é assessor do presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, professor de economia. Foi secretário de Estado de ciência e tecnologia e adjunto de infraestrutura do governador Mauro Mendes, superintendente do Ministério da Agricultura em Mato Grosso e diretor do Instituto de pesquisas da Fecomercio. Mestre em sociologia rural, seu livro “o avanço do agronegócio” faz parte do acervo da Universidade Harvard, e seu livro “A lei kandir” na biblioteca do congresso, ambos nos Estados Unidos. Seu livro “Rota de Fuga, a história não contada da SS” esteve entre os 10 mais vendidos na Amazon e foi traduzido para o inglês, pela editora Chiado, de Portugal. Foi vencedor do prêmios internacional “empreedorismo consciente” do Banco da Amazônia e do nacional “Celso Furtado” do governo brasileiro.
FONTE: RDNEWS
