quarta-feira, fevereiro 5, 2025

MP revela golpe de R$ 1 milho em idosa e quer priso da ‘Musa da Pirmide’ em MT

 

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) pediu ao Judiciário a prisão preventiva de Taíza Tosatt Eleotério Ratola, conhecida como a “musa das pirâmides”, e o sequestro de uma caminhonete Ford Ranger. A solicitação, feita pelo promotor Sérgio Silva da Costa, busca garantir a ordem pública e assegurar a continuidade das investigações sobre um esquema de pirâmide financeira, lavagem de dinheiro e estelionato que causou prejuízos milionários a mais de 30 vítimas, entre elas, uma idosa de 76 anos que perdeu R$ 1 milhão.

Taiza é empresária, é dona da DT Investimentos e apontada como líder do esquema criminoso e que se apresentava como especialista em investimentos. Ela usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, e articulada.

Ela foi presa em flagrante no dia 1º de novembro  durante a Operação Cleópatra, quando a polícia encontrou armas e anabolizantes em sua casa. Consta no auto de prisão em flagrante que, ao ser questionada sobre a arma de fogo de calibre 357 e munições encontradas no quarto do casal, Taiza disse que era do esposo.

No entanto, ao chegar na sala, ela mudou sua versão e disse que seriam do ex-marido, o policial federal Ricardo Mancinelli, também investigado. A investigação revela que ela comandava um esquema de pirâmide financeira através da empresa, o que causou prejuízos de quase R$ 5 milhões a várias pessoas. Muitas vítimas, seduzidas por promessas de lucros altos, venderam bens e contraíram dívidas. A defesa de Taíza argumenta que os crimes ocorreram entre 2020 e 2022, e que, por isso, o pedido de prisão não seria válido.

No dia 18 de novembro, a juíza Débora Roberta Pain Caldas, da Segunda Vara Criminal de Sinop, decidiu soltar Taíza e seu marido, Wander Aguilera Almeida, sob a condição de que cumpram medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar Sinop por dez dias. Contudo o MP afirma que o esquema continuou até recentemente, com Taíza criando um novo perfil no Instagram para atrair novas vítimas.

Além disso, há suspeitas de que ela tenha ocultado parte de seu patrimônio, como R$ 2 milhões, em uma conta no nome de seu irmão, de apenas 13 anos. Também foi mencionado que a mudança de Taíza para Sinop após a divulgação do caso pode indicar uma tentativa de fuga.

“Além da gravidade e dos prejuízos milionários causados pela requerente Taíza Tosatt e os seus parceiros criminosos, como apontado escondendo em canal de propriedade de seu atual companheiro Wander, a requerente continuou o seu intento criminoso, mesmo após ter seu nome e imagem expostos em rede nacional de televisão. No referente à garantia da ordem econômica, observa-se que a investigada enganou e, mesmo foragida, continua enganando diversas pessoas, fazendo-as transferir quantias em dinheiro, acreditando na promessa de rendimento mensal e posterior retorno do capital investido, causando-lhes prejuízo”, explica o promotor.

O membro do MP pediu a manutenção da prisão preventiva, destacando o risco de que Taíza continue cometendo crimes se ficar em liberdade. Além disso, solicitou o sequestro do Ford Ranger, que seria usado para ressarcir as vítimas. O processo criminal será analisado pela Justiça de Mato Grosso.

FONTE: Folha Max

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens