Abílio relata dificuldade de acesso a dados e quer adiar votação

O prefeito eleito Abílio Brunini (PL) solicitou aos vereadores de Cuiabá, na manhã desta terça-feira (10), o adiamento da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O orçamento previsto pela gestão Emanuel Pinheiro é de R$ 5,4 bilhões.

 

Precisamos de acesso completo aos dados para avaliar o que é supérfluo e o que é essencial

O Projeto de Lei Orçamentária chegou a ser apresentado pela atual gestão, mas foi retirado. Abilio quer que a apreciação da matéria ocorra somente no ano que vem. 

 

Abilio apontou que é necessário fazer uma análise mais detalhada e permitir a inclusão de prioridades ainda não contempladas no planejamento atual.

 

Ele destacou que a LOA, em sua estrutura básica, apresenta apenas dados gerais sobre o orçamento, sem especificar detalhes sobre programas, despesas e prioridades das secretarias municipais. 

 

“Precisamos de acesso completo aos dados para avaliar o que é supérfluo e o que é essencial. Não temos essas informações neste momento, e isso dificulta o planejamento de ações importantes para o próximo ano”, afirmou.

 

O prefeito eleito citou como exemplo a necessidade de recursos para programas de combate às drogas e para o projeto de revitalização do Centro Histórico.

 

Segundo Abilio, essas iniciativas são prioridades de sua gestão, mas ele não encontrou indicações de planejamento ou orçamento destinado a elas no documento atual.

 

Se o pedido for acatado, a reforma administrativa da futura gestão também deve ser avaliada junto à LOA. Abilio estima que os projetos devem ser avaliados em fevereiro, após o recesso parlamentar. 

 

Falta de informações na transição

 

Segundo Abilio, a sua equipe de transição tem enfrentado dificuldades para obter informações essenciais da administração Emanuel Pinheiro, pois muitos dados solicitados não são cedidos e a equipe tem que buscá-los no Portal Transparência .

 

“Muitas informações não foram fornecidas, como contratos que estão vencendo, ordens de serviço emitidas e pagamentos pendentes a fornecedores. A falta desses dados dificulta o entendimento sobre a situação financeira da Prefeitura”, disse.

 

Um dos principais pontos de preocupação envolve empresas terceirizadas que prestam serviços ao município. Funcionários de algumas dessas empresas relatam atrasos salariais de até quatro meses, mas a equipe de transição não recebeu informações claras sobre se os pagamentos devidos às empresas foram realizados.

 

Questionado se acredita que a gestão Emanuel tem escondido dados, ela afirmou que há uma “resistência silenciosa” e sua equipe acaba recebendo arquivos vazios ou incompletos.

 

“Quando pedimos os dados, às vezes recebemos pen drives sem conteúdo ou somos direcionados para abas no site oficial onde não há informações relevantes. Isso atrasa nosso trabalho e dificulta a organização para o próximo mandato”, explicou.

 

FONTE: MIDIA NEWS

comando

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