Ex-deputado desiste de percia em fraude de R$ 16 milhes; juiz marca audincia

 

O ex-deputado estadual Walace Guimarães desistiu da realização de perícia em documentos que fazem parte de um processo que apura o suposto recebimento de uma propina batizada de “mensalinho da AL”. A denúncia fala em prejuízos aos cofres públicos de R$ 16,5 milhões.

Segundo informações do processo, que tramita na Vara de Ações Coletivas do Tribunal de Justiça (TJMT), há documentos atrelados aos autos que estariam “ilegíveis”, e que não poderiam ser periciados. Walace Guimarães argumentou que se não for possível periciar os papeis, então a justiça deveria determinar a extinção parcial dos autos.

“Em razão da impossibilidade de perícia nos documentos indicados, o demandado foi intimado para informar a persistência do interesse na produção da prova pericial, oportunidade em que manifestou pela dispensa da realização da prova pericial e pela extinção parcial do processo”, diz trecho do processo.

O juiz Bruno D’Oliveira Marques, que atua na Vara de Ações Coletivas do TJMT, negou o pedido do ex-deputado. Em decisão publicada na última segunda-feira (16), ele lembrou que há documentos em que o próprio Walace Guimarães reconhece algumas assinaturas, não sendo cabível a extinção do processo.

“Considerando que o demandado reconhece algumas assinaturas constantes nos autos, não há falar-se em inexistência de elementos probatórios mínimos para o prosseguimento da ação, ressaltando-se que a valoração desses elementos será realizada oportunamente na fase da sentença”, analisou o magistrado.

Ainda na decisão, o juiz Bruno D’Oliveira Marques convocou o ex-deputado para uma audiência no dia 2 de abril de 2025 no Fórum de Cuiabá.

Em valores atualizados, a suposta propina recebida por Walace Guimarães – que segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT) foi paga entre os anos de 2007 e 2012 -, supera os R$ 16,5 milhões.

Walace Guimarães também já foi prefeito de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, mas foi cassado do cargo em 2015, dois anos após o início de sua gestão, em 2013, por gastos ilícitos durante sua campanha.

FONTE: Folha Max

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