quinta-feira, janeiro 9, 2025

Kalil deixa “bomba” na Câmara para atrapalhar gestão de Flávia

Dias antes de encerrar seu mandato, o ex-prefeito de Várzea Grande Kalil Baracat (MDB) armou uma “bomba” para prejudicar a gestão da prefeita Flávia Moretti (PL). 

 

Ele enviou à Câmara uma mensagem, em regime de urgência, para revogar a lei n° 3540/201, que permitia ao Executivo definir a política da área de resíduos sólidos, sem precisar de autorização do Legislativo. 

 

O texto foi votado em sessão extraordinária nesta terça-feira (7),  a pedido do presidente da Casa, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), adversário de Flávia e aliado de Kalil. Foi aprovado por 16 votos a favor e cinco abstenções.

 

O secretário de Governo de Várzea Grande, Benedito Lucas de Miranda, o Dito Lucas, classificou o fato como uma “tentativa de embaraço” por parte de Kalil. 

 

A lei autorizava o Poder Executivo a outorgar em regime de concessão, mediante licitação, a implantação, operação e manutenção do aterro sanitário em Várzea Grande. Com isso, por exemplo, a coleta de lixo poderia ser concedida à iniciativa privada sem precisar passar por aprovação dos vereadores.

 

Com a medida, a prefeita precisará pedir autorização do Legislativo.

 

“Pegadinha”

 

O secretário de Flavia chamou a revogação de “pegadinha” de Kalil e aliados.

Reprodução

O secretário Dito Lucas: “pegadinha de Kalil”

 

“Não tenho dúvidas de que o Kalil tentou criar algum tipo de embaraço para esta gestão, porque não tinha necessidade de mandar, não tinha urgência nesse assunto. Então ele falou: ‘De alguma maneira posso criar um atrapalho aqui’, disse Dito ao MidiaNews.

 

“Quem fez isso a toque de caixa nos últimos dias [de governo] foi o antigo gestor, pensando em criar alguma dificuldade para a próxima gestão. E aí, mandou isso para a Câmara com urgência, criando uma situação que não havia, ainda em função da campanha”, acrescentou.

 

Nova lei 

 

O secretário admitiu que faltou comunicação entre a Prefeitura e o Parlamento. Entretanto, segundo ele, a revogação não criará entraves ao governo, pois a gestão deve elaborar uma nova lei mais moderna e enviar ao Legislativo.

 

“O que houve foi uma falha na comunicação entre os poderes e uma pegadinha que a gestão anterior fez, tentando de alguma maneira criar alguma dificuldade. Mas não vai criar dificuldade nenhuma”, disse.

 

“Vamos voltar a discutir isso propondo uma lei mais moderna, que atenda aos anseios do Legislativo e que seja boa para a sociedade”, completou.

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: MIDIA NEWS

comando

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