Comrcio em MT tem aumento nas vendas e mais empregos

 

Um respiro para o comércio revela estudo realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT): os dados de novembro de 2024 mostram que as vendas do setor cresceram em Mato Grosso na comparação com o mês anterior. E mais: os dados de criação de vagas mostram que o comércio mobilizou-se para atender a demanda de fim de ano. O setor foi o único do estado a registrar saldo positivo de criação de empregos formais em novembro. De acordo com o CAGED, 1.284 vagas formais foram criadas pelo comércio local em novembro.

“O setor vinha experimentando uma desaceleração da atividade, refletindo o momento econômico do estado. Ao longo de 2024, o setor agrícola sofreu o impacto de adversidades climáticas e registrou queda da safra. Isso afetou o desempenho do comércio e ainda mais o desempenho do setor de serviços”, afirmou o presidente, David Pintor, complementando que os dados de dezembro ainda serão divulgados. É improvável, no entanto, que esses dados possam mudar o cenário construído de janeiro a novembro.

A boa notícia é que o pior momento pode estar ficando para trás. Os dados da produção agrícola para 2025 mostram que a produção de grãos deve voltar a crescer. O crescimento projetado ainda é modesto, de 1,9%, mas estancaria as perdas do campo, o que pode beneficiar os demais setores.

Esta edição do Panorama também apresenta os dados do PIB de Mato Grosso de 2022. Os dados oficiais do PIB são apurados com maior defasagem, mas servem para analisar a estrutura da economia local. Observa-se que atividade econômica cresceu de maneira expressiva em 2022 e que, mesmo no período mais agudo da pandemia, o PIB do estado não registrou quedas. Além disso, a composição setorial mostra que o PIB da agropecuária ganhou relevância no PIB local.

Novo ano, novos desafios. “As dificuldades de 2024 estiveram relacionadas à perda de safra que afetou diversos estados. Agora, estamos diante de uma conjuntura de inflação persistente e elevação da taxa básica de juros. O Panorama seguirá monitorando o impacto da conjuntura sobre os dados locais, sobretudo do comércio”, falou Pintor.

1. Dados de outubro e novembro mostram fôlego da atividade comercial em Mato Grosso, depois de período de desaceleração

Depois de um período de desaceleração, as vendas do comércio em Mato Grosso tiveram um impulso na reta final de 2024. Em novembro, pela segunda vez consecutiva, as vendas do comércio varejista registraram avanço na comparação mensal, isto é, com o mês imediatamente anterior. O crescimento foi de 1,2%. Já as vendas do varejo ampliado, que reúne todas as atividades comerciais acompanhadas pelo IBGE, registraram alta de 2,3% nessa base de comparação – sucedendo uma alta mensal de 2,0% na comparação entre outubro e setembro. Ainda assim, o desempenho do setor segue abaixo do observado em 2023. No próximo mês, com a divulgação dos dados de dezembro, será possível completar o quadro de 2024.

2. PIB de Mato Grosso cresce 10,4% em 2022 e supera a média nacional

Os dados oficiais do PIB estadual são divulgados pelo IBGE anualmente, com defasagem de dois anos. Em novembro de 2024, o Instituto divulgou os números do PIB referentes a 2022. Apesar da defasagem, esses dados são importantes pois mostram a trajetória e composição da economia local. Em 2022, o PIB de Mato Grosso cresceu 10,4% — a mesma taxa de crescimento verificada no ano anterior. O avanço superou a média nacional. Em termos de composição do PIB local, observa-se que o setor agropecuário representou 37,4% do PIB de 2022. Em seguida, aparece a o setor de serviços que, desconsiderando o comércio, representou 31,6% do PIB. Vale destacar que, ao longo dos últimos anos, o peso do Agro no PIB local vem crescendo. No estado, o PIB do comércio representou 14,7% do PIB. Por fim, ampliando o horizonte, os dados mostram que, entre 2002 e 2022, o PIB de Mato Grosso cresceu a uma taxa anual média de 4,8%, acima da média nacional.

3. Projeções do IBGE indicam que a produção de grãos deve voltar a crescer em 2025

Os dados mais recentes de atividade econômica, embora ainda não consolidados no PIB, mostram que, ao longo de 2024, o volume de prestação de serviços caiu em Mato Grosso. O recuo foi de 9,2% na comparação entre o período de janeiro a novembro de 2024 e o mesmo período de 2023. Por se tratar de um setor com participação expressiva no PIB local, o número sugere desaceleração da atividade econômica do estado. Já no setor agrícola, os dados referentes a 2024 seguem mostrando queda produção de grãos no estado. O recuo, de acordo com dados do IBGE, é estimado em 7,3%, refletindo as adversidades climáticas que afetaram a produção. A novidade é que, para 2025, as projeções indicam que a produção deve voltar a crescer, com avanço de 1,9%. Por fim, no setor externo, como reflexo das dificuldades do setor agrícola, as exportações caíram 14,3% em 2024, enquanto as importações caíram 14,3%. O saldo da balança comercial do estado foi de US$ 24,8 bilhões.

4. Em Mato Grosso, o comércio liderou a criação de vagas formais em novembro

De acordo com dados do CAGED, em novembro de 2024, o saldo de criação de vagas formais foi de -7.852 em Mato Grosso, considerando o conjunto de todos os setores. O saldo negativo indica que os desligamentos superaram as admissões ao longo do mês. A abertura dos dados por setor mostra que, com a exceção do comércio, os demais setores registraram saldo negativo em novembro. O resultado positivo do comércio foi impulsionado pela contratação de mão de obra para atender o aumento da demanda de fim de ano. O desempenho do comércio no mês de novembro resultou da admissão de 14.409 trabalhadores e do desligamento de 13.125. No acumulado do ano, isto é, no período de janeiro a novembro de 2024, 45.196 vagas formais foram criadas no estado. No próximo mês, com os dados de dezembro disponíveis, será possível fazer um balanço de 2024 a respeito da mão de obra formal.

5. Inflação oficial sobe 4,7% na região Centro-Oeste em 2024, mostra IBGE

A inflação oficial medida na região Centro-Oeste foi de 4,7% em 2024. O índice oficial é medido pelo IBGE, através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acompanha a evolução dos preços de uma cesta de bens e serviços tipicamente consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. A variação média dos preços apurada em 2024 foi a mesma observada em 2023 (4,7%). Observa-se que, entre 2021 e 2022, o ritmo de crescimento dos preços caiu significativamente. No entanto, desde 2022, esse ritmo mantém-se elevado, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A abertura dos dados por itens de bens e serviços mostra que, no índice nacional, o grupo de “Alimentação e bebidas” liderou a alta dos preços, com variação de 7,7,%. Por fim, o IGP-M nacional, apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 6,5% em 2024.

FONTE: Folha Max

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