sexta-feira, janeiro 24, 2025

Justia nega priso de faccionado tornozelado por agredir esposa em MT

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, negou a prisão de Juliano Gomes da Silva, um suposto faccionado do “Comando Vermelho”, alvo da operação “Ares Vermelho”, da Polícia Judiciária Civil (PJC). A decisão é da última terça-feira (21).

Segundo informações do processo, Juliano teve um mandado de prisão expedido no ano de 2017 mas só foi encontrado pelas forças de segurança em 2024, quando obteve o benefício de ser monitorado por tornozeleira eletrônica durante audiência de custódia. Sua defesa solicitou a retirada do dispositivo, o que não foi aceito pelo Ministério Público do Estado (MPMT), que além de proferir um parecer contra o fim do monitoramento, também solicitou a prisão preventiva do suposto faccionado em razão de Juliano ter agredido a esposa em outubro de 2024.

A juíza da 7ª Vara, entretanto, não concordou com o MPMT, explicando que não havia contemporaneidade com os crimes que motivaram a expedição do mandado de prisão, na década de 2010. “Não obstante o fato de o acusado ter supostamente praticado crime de violência doméstica e familiar contra sua companheira, na data de 02/10/2024, é certo que, nos autos em análise, não há contemporaneidade para decretação da prisão preventiva, não sendo possível vislumbrar, na atualidade, potencial lesivo capaz de abalar a ordem pública”, analisou a magistrada.

Mesmo discordando da prisão de Juliano, a juíza da 7ª Vara Criminal renovou a utilização da tornozeleira eletrônica do suposto faccionado por mais 6 meses. As diligências da operação “Ares Vermelho” foram realizadas pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da PJC.

A operação cumpriu 125 ordens judiciais, sendo 51 mandados de prisão preventiva, 12 conduções coercitivas e 62 buscas e apreensão domiciliar, nos Estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul no ano de 2017. As investigações apontaram que os monitorados eram responsáveis por 60% dos crimes patrimoniais de roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos em Mato Grosso. Durante as investigações, foi constatado que as ordens para a prática dos crimes partiram de dentro da Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso.

FONTE: Folha Max

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