A prefeita Flávia Moretti (PL) declarou que não vai exonerar o seu marido, Carlos Alberto de Araújo, do cargo de secretário de Assuntos Estratégicos, mesmo diante da decisão do juiz da 3ª Vara Especializada de Fazenda Pública de Várzea Grande, que vetou a prática de nepotismo em secretarias, Câmara e autarquias do município. A ação foi movida pelo Ministério Público em 2017, na gestão de Lucimar Campos, porém, teve sentença proferida no dia 3 de janeiro deste ano.
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A gestora alegou que vai recorrer da ação por entender que se trata de um “cargo político”, do primeiro escalão da gestão, ou seja, são cargos para pessoas de confiança, embora a Justiça tenha sustentado que agentes públicos não podem se valer dos respectivos cargos de poder para concederem favores e benefícios pessoais a seus parentes e amigos.
“O meu procurador vai recorrer, recurso existe. De sentença cabe embargos, cabe representação, vai caber, com certeza, recurso. Não, não vou exonerar o meu marido [de hoje para amanhã], até porque é um cargo político”, manifestou ela, em entrevista ao deputado Wilson Santos (PSD).
Além disso, Flávia reforçou que a Ação Civil Pública foi proposta anos atrás pelo MP para frear a indicação de parentes de vereadores no Executivo Municipal. A decisão veta a prática de nopotismo na Prefeitura, na Câmara, no Departamento de Água e Esgoto (DAE) e no Instituto de Seguridade Social dos Servidores Públicos (Previvag).
“Não é uma ação de agora, por causa da indicação do meu marido. Essa decisão é de uma ação retroativa, do movimento de indicação de parentes de vereadores na Prefeitura de Várzea de Grande. Aí eu vou respeitar naquelas nomeações que eu entendo, e tem o recurso, que nós vamos caber com certeza”, completou.
FONTE: RDNEWS