O deputado estadual e uma das principais lideranças do União Brasil em Mato Grosso, Júlio Campos, reforçou que no estado não existe problemas de convivência entre seu partido, o PP e o Republicanos, que podem formalizar uma “superfederação”, contudo, sinaliza que os entraves se manifestariam na montagem de chapas proporcionais, tendo muitos nomes de peso para o próximo pleito.
JL Siqueira/ALMT
Na disputa por vagas a deputado estadual em 2026, cada partido poderá indicar a quantia de vagas disponíveis + 1, correspondendo a 28 candidatos, assim como partidos federados ou em fase de fusão, ou seja, na prática, os três partidos teriam que encontrar um consenso nas indicações. Júlio pontuou que somente o União têm 4 deputados que podem ir à reeleição, enquanto PP tem 2 e Republicanos mais 2.
“Aqui não teremos tanto problema de convivência. Vai ter dificuldade para a chapa parlamentar […] [Complica] no momento em que for dito que essa federação vai ter apenas 10 candidatos a deputado federal e 28 candidatos estaduais. De 75, se espremer para 28, vai ter muita gente que vai querer pular fora, caçar outras alternativas, porque não vai ter espaço”, avaliou.
Segundo o parlamentar, que tem vasta experiência política, além do grupo que ficará inchado, haverá entraves para que a federação consiga manter as cadeiras que possui, por exemplo, na própria Assembleia Legislativa.
“Vai ser muito [complicado], uma chapa muito difícil. Nesta eleição de 2022, precisou de 25 mil votos. Na outra, do jeito que vai ficar [se federar, vamos precisar de], 35 mil votos a 40 mil votos para chegar aqui nessa Casa”, comentou.
As costuras são tratadas todas a nível nacional, onde somente as bancadas federais conseguem ter espaço para serem ouvidas pelas lideranças. Na semana passada, os deputados federais do Republicanos, em sua maioria, se mostraram contrários à federação, esfriando as conversas sobre o firmamento da aliança.
FONTE: RDNEWS
