O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) expôs, nesta quarta-feira (12), que tem dialogado com o Governo do Estado quanto à viabilidade da concessão de um “aluguel social” para os comerciantes que possuem estabelecimentos na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA, diante da queda de vendas por conta das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês). O Governo manifestou o interesse em rescindir o contrato com o consórcio que tocava a execução de implementação do modal e as obras estão suspensas.
O parlamentar alegou que tem recebido reclamações de empresários da região, mas reconhece que, por se tratar da criação de despesas, a proposta deve partir do próprio Executivo, responsável pela contratação das obras que estão atrasadas e paralisadas: “É muito crítico e nós temos que olhar com carinho para os comerciantes da Avenida do CPA”.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
Obras do BRT na Avenida do CPA: via foi “rasgada” para implantação do modal e, agora, contrato com construtora por ser rescindido
“Não adianta falar que vai isentar ICMS, eles não estão vendendo nada. O que está acontecendo, o maior problema dos comerciantes, é que os prédios ali da Avenida do CPA, 80% não é do proprietário, é alugado, é de outras empresas. E a maior dificuldade deles é que todo dia 30 tem que pagar o aluguel e as vendas estão muito baixas, estão muito poucas”, argumentou.
Na semana passada, o governador Mauro Mendes (União Brasil), chegou a comentar que a situação de fluxo de carros da Avenida do CPA não seria tão crítica, como ficou a Avenida da FEB, durante as obras de implementação do BRT em Várzea Grande. No entanto, sinalizou que empresários que pudessem comprovar os prejuízos teriam os casos analisados pela Estado.
Ao todo, segundo o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, foram pagos R$ 113 milhões ao consórcio, no entanto, apenas 18% das obras foram executadas até o momento.
FONTE: RDNEWS