MT Saúde alerta para conscientização…

Fevereiro é o mês dedicado à conscientização e enfrentamento da leucemia, com o objetivo de ensinar a população a reconhecer os primeiros sinais e procurar atendimento médico quando identificados.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a leucemia é um câncer que acomete as células da medula óssea, principalmente os leucócitos, que são nossas células de defesa. Existem mais de 12 tipos de leucemia que podem ser classificadas em dois grupos, as agudas e as crônicas.

As do tipo agudas são mais comuns em crianças, são mais agressivas, necessitam de quimioterapia intensiva e transplante de medula óssea. Já as crônicas são mais comuns em adultos, elas têm uma evolução mais lenta e podem ser tratadas com medicamentos orais.

No ranking dos tipos de câncer que são mais frequentes no país, a doença ocupa a décima posição, sem contar os tumores de pele não melanoma que também atacam a medula óssea, prejudicando a produção das células do sangue. Em 2025 são estimados mais de 10 mil novos casos de leucemia em todo o Brasil.

O MT Saúde conversou com a médica hematologista Gabriela Matias, que explicou sobre como a doença age e como é o processo do tratamento.

 

MT Saúde – Doutora, tem como reconhecer a leucemia? Ela tem sintomas?

Dra. Gabriela Matias – Apesar de ser uma doença silenciosa, alguns sinais podem ser observados como a diminuição dos glóbulos vermelhos que ocasiona a anemia, que por consequência causam fadiga, falta de ar, palpitação, dores de cabeça, entre outros. Há também a redução dos glóbulos brancos, que provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções. Outro sinal de alerta são os sangramentos, ocasionados pela diminuição das plaquetas, que podem aparecer nas gengivas, nariz ou em manchas roxas na pele.

MT Saúde – Qual a importância de perceber esses sinais?

Dra. Gabriela Matias – Bom, quanto mais cedo a leucemia for diagnosticada, mais sucesso terá o tratamento. É importante reforçar que a leucemia tem cura, mas também ela não é uma sentença de morte e cada um de nós pode fazer sua parte no combate a essa doença, se cadastrando para ser doador de medula óssea no Hemocentro de cada cidade.

MT Saúde – Como é feito o tratamento?

Dra. Gabriela Matias – O transplante de medula é um tratamento complexo, porém curativo e com bons resultados para esse tipo de patologia. Além disso, hoje contamos com novas terapias, incluindo o Car-T cell , uma terapia gênica, que faz a retirada de linfócitos para “reprogramá-los” e deixá-los mais fortes. Depois eles são inseridos novamente no corpo do paciente, para conseguir identificar as células cancerígenas e eliminá-las.

O que é necessário para se tornar um doador?

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), para se tornar um possível doador de medula óssea, é necessário fazer o cadastro no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). O cadastro é simples e pode ser feito no MT-Hemocentro.

É necessário apresentar documento oficial com foto, válido em território nacional, ter entre 18 e 34 anos e 11 meses, estar em bom estado geral de saúde, e não ter doenças infecciosas, neoplásicas, epilepsia, diabetes e outras doenças.

Na ocasião é realizada a coleta de uma pequena amostra sanguínea (5 ml) e a mesma será analisada por exame de histocompatibilidade (HLA), para identificação das características genéticas. O Redome reúne todos os dados dos voluntários, como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas.

Encontrada a compatibilidade entre candidato a doador e paciente, o candidato será convocado por telefone, carta e/ou e-mail para efetuar novos exames para concluir a confirmação da compatibilidade.

Se realmente for compatível com o paciente, haverá uma terceira etapa, em que o doador viajará com acompanhante para o local onde será feita a doação de medula óssea. Irá passar por exames complementares, avaliação clínica e física do doador, escolha do tipo de doação (aférese ou punção óssea) e será realizada a coleta da medula e transplante para o paciente. O doador tem direito a levar um acompanhante de sua escolha.

Onde se cadastrar?

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea no MT-Hemocentro. Endereço: Rua 13 de junho, 1055, Centro-sul, em Cuiabá-MT, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

 

FONTE: matogrossosaude

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