A vítima relatou que o suspeito vinha exigindo pagamentos sob ameaça, com encontros agendados para realizar a cobrança. Com medo, o denunciante solicitou ajuda à Polícia Civil, que se deslocou para o local escolhido pelo agiota. No momento em que o suspeito se preparava para realizar mais uma cobrança, ele foi flagrado pelas equipes da PCDF, sendo preso após o envio de mensagens ameaçadoras à vítima.
Extorsão
As investigações iniciais da polícia revelaram que a vítima havia solicitado um empréstimo de R$ 40 mil com um agiota, e, embora já tivesse pago R$ 14 mil, continuava sendo coagida a pagar mais. Com juros, a dívida chegou a R$ 110 mil, Luiz Paulo de Souza Silva utilizava ameaças violentas e intimidações para pressionar a vítima. Além disso, documentos do denunciante foram retidos pelo suspeito como forma de garantir o pagamento.
Os agentes tiveram acesso ao celular da vítima e foi possível identificar, por meio de mensagens e áudios trocados entre a vítima e os suspeitos, o uso de violência psicológica. Além disso, os policiais encontraram imagens de armas de fogo e ameaças de represálias caso os valores não fossem pagos.
Antecedentes
Segundo investigações, Luiz Paulo de Souza Silva possui uma extensa ficha criminal, com sete inquéritos policiais em seu nome. Ele foi investigado e passou por processos de roubo majorado, receptação, furto qualificado e desobediência à autoridade. Além disso, o suspeito tem condenações anteriores por furto qualificado, tendo cumprido pena no sistema prisional. No momento da prisão, ele estava em liberdade condicional.
O suspeito foi preso em flagrante e levado à 5ª Delegacia de Polícia, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá pelos crimes de extorsão e agiotagem, podendo ser condenado a penas severas. O crime de extorsão, previsto no artigo 158 do Código Penal, pode resultar em uma pena de 4 a 10 anos de reclusão e multa. No caso do crime de agiotagem, de acordo com o artigo 4º da Lei 1.521/51, pode levar à detenção de 6 meses a 2 anos, além de multa.