A pistola 9mm da marca Glock, que matou em agosto de 2024 o advogado e ex-presidente da OAB de Mato Grosso, Renato Gomes Nery, também foi utilizada na execução de João Fidelis Souza de Moraes, de 35 anos, no ano de 2022. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica.
Em post nas redes sociais, o jornalista Giovani Júnior, do Programa do Pop, revelou que exames de balística comprovaram que a pistola Glock foi utilizada dois anos antes da execução de Renato Nery para matar João Fidelis.
Fidelis foi assassinado no bairro Pedro 90, em Cuiabá, por dois homens que estavam numa motocicleta. Ele respondia por furto.
A arma, por sua vez, foi apreendida no dia 12 de julho de 2024 por policiais militares da Rotam, segundo informações do site Olhar Direto. Na ocasião, um confronto entre os PMs e três suspeitos teria deixado um homem morto e um adolescente de 16 anos ferido. O terceiro membro do bando conseguiu fugir.
A apreensão da arma ocorreu sete dias depois da morte de Renato Nery, em 5 de julho do ano passado. Investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), entretanto, apontam que ela teria sido “plantada” no confronto da Rotam para ocultar sua utilização na execução do advogado.
Participaram do suposto confronto da Rotam os policiais militares Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins, presos na última quinta-feira (6) durante a operação “Office Crime”, da PJC.
O grupo também é alvo da operação “Simulacrum”, do ano de 2022, que revelou que policiais militares realizavam “emboscadas” com a ajuda de criminosos para executar pessoas com passagem pela polícia. A maioria dos crimes ocorreu na região metropolitana de Cuiabá.
Renato Nery foi assassinado em 5 de julho de 2024 na porta de seu escritório, localizado na Capital. Ele tinha 72 anos de idade.
FONTE: Folha Max
