domingo, março 9, 2025

Maysa aponta “arbitrariedade” de Emanuel com permissionários

A vereadora Maysa Leão (Republicanos), integrante da CPI da CS Mobi, criticou a forma como a Prefeitura de Cuiabá definiu os permissionários do antigo Mercado Municipal que receberiam o auxílio-aluguel durante as obras no local.

 

Essas pessoas estavam ali resistindo em meio ao lixo, a assaltos e furtos frequentes, porque tinham esse sonho

Segundo a parlamentar, houve arbitrariedade por parte da gestão Emanuel Pinheiro (MDB) com os permissionários, uma vez que, atualmente, apenas os comerciantes que estavam com os impostos em dia no momento do início das obras — em um cenário pós-pandemia — recebem o benefício.

 

“Eu estive no mercado na véspera do fechamento, e essas pessoas estavam ali resistindo em meio ao lixo, a assaltos e furtos frequentes, porque tinham esse sonho. E eu vejo que houve, sim, uma arbitrariedade por parte da Prefeitura de Cuiabá, no pós-pandemia”, afirmou.

 

“Provavelmente, muitos deles estavam com dívidas porque ficaram sem receber dinheiro. E eu vejo que a gente pode, inclusive, resgatar [esse processo]. Como foi definido esse critério?”, questionou.

 

De acordo com a vereadora, foi relatado que dez permissionários não estavam em dia com a Prefeitura e, por isso, foram excluídos do processo.

 

Valores abusivos

 

Os permissionários, que atuavam no antigo Mercado Municipal, estão preocupados com a possibilidade de não conseguirem retornar ao local após a inauguração do novo Mercado Municipal Miguel Sutil, que será administrado pela empresa CS Mobi.

 

Segundo um representante dos permissionários, ouvido na primeira oitiva da CPI da CS Mobi, realizada na última quinta-feira na Câmara Municipal, a empresa paga atualmente um “auxílio-aluguel” de R$ 35 por metro quadrado — ou seja, bancas de 100 metros quadrados recebem R$ 3.500.

 

No entanto, após a inauguração do novo mercado, os permissionários poderão pagar até R$ 110 por metro quadrado, além de R$ 80 por metro quadrado para o condomínio, totalizando quase R$ 20 mil mensais, sem contar o fundo de final de ano. A empresa justificou o aumento alegando a valorização do local.

 

“Isso impossibilita que eles voltem, permissionários que estavam ali há anos. A gente vai encabeçar essa luta, porque essa parte não consta em contrato, foi acordada verbalmente, e mostra que é proibitivo o retorno deles ao mercado pelo qual tanto lutaram para manter”, afirmou Maysa.

 

FONTE: MIDIA NEWS

comando

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