Chefe do Gaeco admite domínio de facções: Mas Estado não perdeu controle | RDNEWS

O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, admitiu que as facções criminosas “dominam” alguns bairros da Grande Cuiabá, principalmente no que diz respeito à venda de drogas.

No entanto, ele ressalta que o Estado não perdeu o controle da situação e que, caso necessário, a Polícia Militar consegue entrar normalmente nesses locais.

Annie Souza

Adriano comparou o domínio das facções em Mato Grosso com o que acontece em outros estados, como o Rio de Janeiro, onde, conforme o chefe do Gaeco, a polícia não consegue entrar pacificamente, sendo necessária uma “operação de guerra”. Por conta disso, o controle das organizações criminosas sobre a população acaba sendo maior.

A gente desconhece [um controle mais intenso das facções]. Aqui no Estado não há esse ambiente, é difícil para eles. Se a polícia fica sabendo de algum controle exercido por eles, vai lá e desmantela na hora


Garante o chefe do Gaeco, o promotor Adriano Alves

“Alguns desses locais têm regiões em que o Estado, a polícia, não entra. E, nesses locais, acaba havendo a possibilidade de que eles exerçam esse tipo de controle na distribuição de água, gás, internet, TV por assinatura, entre outros”, explicou, em entrevista ao .

Já em Mato Grosso, o ‘controle’ existe apenas no tráfico de drogas, e a polícia consegue entrar sem dificuldades. “A gente desconhece [um controle mais intenso das facções]. Aqui no Estado não há esse ambiente, é difícil para eles. Se a polícia fica sabendo de algum controle exercido por eles, vai lá e desmantela na hora, não tenho dúvida, como aconteceu no caso da extorsão a vendedores de água”, destacou.

“A facção domina, tem o controle da venda de drogas, mas o Estado entra [caso necessário]. Não é um controle territorial a ponto de a polícia não poder entrar, como acontece em outros estados”, acrescentou.

Ainda conforme o coordenador do Gaeco, o controle na venda de drogas existe porque o Estado não dispõe de policiais militares em número suficiente para ocupar todas as esquinas e evitar a comercialização do entorpecente. No entanto, o trabalho contra as facções é realizado: os criminosos são presos e condenados.

“Não existe um número suficiente de policiais para colocar em todos os bairros, em todas as esquinas, em todos os locais. Isso é inviável. Então, temos que continuar combatendo com inteligência, prendendo as lideranças e tentando isolá-las”, concluiu.

FONTE: RDNEWS

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