O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou, nesta segunda-feira (14), que o Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, será desativado ainda este ano. De acordo com Figueiredo, tão logo seja inaugurado o Hospital Central, a unidade de saúde deixará de funcionar sob a gestão do governo do Estado e ficará livre para que o município ou iniciativa privada caso assuma a gestão do local.
“Nunca foi segredo para ninguém que o governo do Estado de Mato Grosso anunciou que, quando inaugurasse o Hospital Central, ele desativaria o Hospital Estadual Santa Casa. Não é de propriedade do governo, aquele prédio, aquele patrimônio, se é que posso falar assim, é da massa falida da Santa Casa de Misericórdia que hoje é administrado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que administra todos os passivos deixados pela antiga instituição”, declarou durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Conforme o secretário, atualmente o TRT utiliza o recurso repassado pelo Estado para manter o local, prédio, equipamentos e para amortizar os credores. Caso a Santa Casa seja desativada, em torno de 70% dos serviços prestados serão migrados para o Hospital Central. Os demais atendimentos devem ser direcionados ao Hospital Geral ou para rede privada.
O secretário garantiu que os serviços não serão descontinuados pelo fechamento do local, mas que também caberá ao município ou outras iniciativas privadas tomarem a frente da manutenção da Santa Casa. “Se não houver nenhum interessado em uma solução, vai colocar a leilão e quem arrematar faz o que quer com aquele patrimônio”, acrescentou.
Ele ainda se colocou à disposição para responder e prestar esclarecimentos em nova audiência pública caso seja necessário. O deputado Lúdio Cabral criticou a medida. De acordo com o parlamentar, a intenção deveria ser a ampliação dos serviços e não a substituição.
“O governo nunca teve a coragem de dizer: “Não, nós vamos fechar a Santa Casa”. Eles vão fechar a Santa Casa para abrir o Hospital Central. E tem serviços na Santa Casa que não serão, não serão ofertados pelo Hospital Central. Outra coisa, se há necessidade de eu ampliar o número de leitos de UTI pediátrica, por que fechar os leitos do Hospital Estadual Santa Casa?”, disse à imprensa após a reunião.
FONTE: Folha Max
