O governador Mauro Mendes (UB) e a primeira-dama, Virginia Mendes, responderam as críticas do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) que pediu explicações sobre contratação de uma Organização Social de Saúde (OSS) da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospitalar Albert Einstein (SBIBHAE) para administrar o Hospital Central e comprar, com recursos públicos, todos os equipamentos necessários ao funcionamento da unidade que está sendo concluída.
Esse modelo de contratação de Organizações Sociais em Saúde já foi utilizado em Mato Grosso de 2011 a 2018, durante as gestões dos ex-governadores Silval Barbosa e Pedro Taques. Mauro Mendes disse que não se pode comparar as OSS que vieram no passado, com os comportamentos que tinham os políticos daqueles períodos.
“Um governo que muitas vezes atrasava pagamento por meses, não há ninguém que preste um bom serviço. Não há nenhuma família que resista se o pai de família ficar três, quatro, cinco meses sem colocar o seu salário dentro de casa para prover. Nós vivemos outros tempos, então não há que se fazer comparação dos tempos atuais com os tempos de um passado obscuro, cheio de escândalos, de corrupção, que todos nós sabemos o nome desses atores e como eles agiam. Vivemos tempos totalmente diferentes”, disse o governador, nesta terça-feira (15).
Deputado estadual e médico, Lúdio Cabral defende que o novo Hospital Central de Mato Grosso tenha gestão direta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com servidores públicos concursados, e que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein siga prestando consultorias para qualificar os serviços na unidade de saúde. “O deputado Lúdio tem as opiniões dele. Agora, ele vai questionar que o Albert Einstein, que é o melhor hospital do Brasil, não tem competência?”, questionou Mendes.
A primeira-dama Virginia Mendes também comentou a situação. Ela relembrou quando o marido era prefeito de Cuiabá, em 2014, e ela precisou realizar um transplante de rim. O procedimento foi realizado no próprio Albert Einstein, em São Paulo. Quem doou o órgão foi Mauro Mendes. Segundo ela, naquela época o petista havia criticado o tratamento dela fora de Mato Grosso.
“Quando eu estive doente na prefeitura, eu estava perdendo o meu rim, eu fui para o Albert Einstein, porque o meu plano de saúde era de lá. Aqui não tinha transplante. Eu fui tratada lá e ele criticou porque eu estava sendo tratada lá. Nós estamos trazendo o melhor hospital do Brasil para tratar a população aqui. Quer dizer que quando foi para me tratar ele foi contra. Agora, quando vai tratar a população, não pode?”, ironizou Virginia.
Por fim, o governador afirmou na próxima semana a diretoria do Albert Einstein irá realizar uma visita em Cuiabá para se reunir com a gestão estadual
FONTE: Folha Max