A gestão do Hospital Central, em Cuiabá, passa, oficialmente, a ser chefiada pelo Hospital Israelita Albert Einstein após a solenidade de assinatura de contrato, junto ao Governo do Estado de Mato Grosso, realizada no final da tarde desta terça-feira (22), no auditório do Palácio Paiaguás. O funcionamento da unidade hospitalar, que terá foco na média e alta complexidade, está previsto para o mês de setembro, de forma gradativa.
Em seu discurso, o governador Mauro Mendes (União Brasil) destacou que a saúde pública está entre os principais serviços que o Estado presta à população e que carrega “uma trajetória que, muitas vezes, não é exitosa de se contar”, citando as dificuldades nas licitações e contratações enfrentadas ao longo de sua gestão. Para o governador, muito mais do que fazer, é necessário “mudar o rumo de como as coisas são feitas”.
Secom
Momento em que o governador Mauro Mendes assina o contrato com o Hospital Israelita Albert Einstein, em cerimônia no Palácio Paiaguás
Mauro relembrou que, enquanto prefeito de Cuiabá em 2014, a primeira-dama, Virginia Mendes, precisou realizar um transplante de rim, momento em que escolheram o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, sendo que o governador foi o doador e ambos, além de bem atendidos, se recuperaram perfeitamente.
“Foi esse o compromisso que nós assumimos (…) Me deixa muito feliz e emocionado em saber que hoje, nós, todos nós, estaremos propiciando essa oportunidade a milhares de mato-grossenses, que terão suas vidas salvas com bom tratamento e em um hospital de qualidade”, disse o governador.
Sidney Klajner, presidente do Albert Einstein, destacou que aproximadamente mil pessoas serão empregadas na unidade hospitalar e que dará prioridade para a mão de obra local. Além disso, disse que a previsão é realizar, por ano, 32 mil consultas, 80 mil exames e 6,5 mil cirurgias.
Klajner afirmou ainda que já estão sendo discutidas ampliações de serviço a médio e longo prazo, dando destaque na implementação de cirurgias robóticas em cinco especialidades e a realização de um programa de transplantes, com foco, inicialmente, em rim e fígado.
“O que estamos aqui assinando hoje é mais do que um contrato de gestão, é um compromisso que une o Governo do Estado e o Einstein em torno de objetivo comum: entregar para a população mato-grossense um acesso a cuidados de saúde com elevados padrões de qualidade e segurança”, disse Klajner.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou que foi uma “jornada longa”, mas que a motivação de melhorar a qualidade da saúde no estado resultou no que chamou de “hospital do povo, para o povo”, destacando que os atendimentos na unidade médica serão totalmente gratuitos.
“Estamos falando de um hospital moderno, com tecnologia de ponta, preparado para atender com dignidade e eficiência e amor ao próximo. E o mais importante, um acesso universal. Ninguém será cobrado, ninguém será excluído”, disse Figueiredo.
Contrato
O valor mensal do contrato chegará a R$ 34 milhões. A partir de amanhã deve ser dado início à fase pré-operacional que vai durar 4 meses. Durante este período, será feita a contratação de pessoas, treinamento, requerimento de seleção, aquisição de insumos e a finalização das instalações de todos os equipamentos que já foram adquiridos ou que estão em fase de aquisição.
Considerado o melhor do país, o Hospital Israelita Albert Einstein é o 22º melhor hospital do mundo. O Hospital Central será o sexto hospital público do Brasil a ser gerido pelas equipes do Einstein.
Estrutura
Segundo a SES, o Hospital Central terá capacidade para oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, 3.000 consultas especializadas e 1.400 exames por mês. Serão 10 salas cirúrgicas, 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 230 leitos de enfermaria. Estão previstas as especialidades como cardiologia, neurologia, vascular, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, infectologia e cirurgia geral.
O investimento foi de R$ 215,3 milhões. A parte antiga do prédio tinha 9 mil m² e foi ampliada em 23 mil m²; o atual projeto totaliza 32 mil m² de área construída.
Histórico
A obra do Hospital Central foi lançada em 1984. O objetivo era proporcionar um atendimento de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia e ortopedia, além de urgência e emergência de trauma. Contudo, a obra foi paralisada três anos depois, em 1987. Ela foi retomada e ampliada pela Gestão Mauro Mendes.
FONTE: RDNEWS