O governador Mauro Mendes (União) assinou, na noite desta terça-feira (22), o contrato com o Hospital Israelita Albert Einstein para a gestão do Hospital Central, em Cuiabá.
Tenho certeza de que essa será uma parceria longeva
O acordo custará R$ 34,9 milhões mensais aos cofres públicos – para funcionar em sua capacidade máxima.
Em um discurso que durou aproximadamente 30 minutos, o governador relembrou sua própria experiência na sede do Einstein, em São Paulo, onde doou um de seus rins à sua esposa Virginia Mendes, em 2014.
“Eu já estive no Albert Einstein. Escolhemos lá por ser referência em saúde no país. Me deixa feliz saber que estaremos propiciando essa mesma oportunidade a milhares de mato-grossenses, com um bom tratamento em um hospital de qualidade”, disse em seu discurso.
“Tenho certeza de que essa será uma parceria longeva. O Governo tem todas as condições de honrar aquilo que está pactuado no contrato. E tenho a mesma tranquilidade de dizer que o Hospital Albert Einstein tem todas as condições de prestar um serviço de qualidade com grande performance, entregando tudo aquilo que está sendo contratado”, afirmou depois em conversa com jornalistas.
Mendes ainda apontou que a assinatura do contrato representa “um passo fundamental para mudar a trajetória da saúde em Mato Grosso”.
“Eu fico imaginando as primeiras pessoas simples que tiverem a oportunidade de entrar por lá. Vai valer muito dos momentos ruins que a política traz àqueles atores que estão nela com seriedade”, afirmou.
“Larga esse troço”
O governador ainda destacou que ao assumir o Governo, em 2019, enfrentou resistência por decidir retomar a obra do Hospital Central, abandonada por mais de três décadas.
“Visitamos ruínas de um prédio que estava há 34 anos paralisado. Algumas pessoas diziam: ‘Mauro, para que fazer isso? Larga esse troço pra lá, isso não vai dar certo’. Mas tomamos a decisão difícil”, disse ao citar que havia pareceres técnicos para seguir com a obra.
À época, a obra contava com apenas apenas 9 mil m². Ao final, terá uma área total de 32 mil m² e capacidade para 1.990 internações, 652 cirurgias e 3.000 consultas especializadas mensalmente. A estrutura incluirá 10 salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 de enfermaria.
“É histórico”
O Hospital Israelita Albert Einstein é considerado o 22º melhor hospital do Mundo, segundo ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek. É o primeiro em todo o Hemisfério Sul. Atualmente, o grupo já administra 36 unidades públicas de saúde, sendo cinco hospitais (dois em São Paulo, dois em Goiás e um na Bahia).
Segundo o Governo, a administração do Hospital Central pelo Einstein custará ao Estado cerca de R$ 24 milhões por mês, e um incremento de R$ 10 milhões mensais do Ministério da Saúde pela habilitação de serviços.
A estimativa do Governo do Estado é de que o contrato pode gerar economia de até R$ 46,8 milhões por ano aos cofres públicos.
No evento de assinatura, constava no telão a seguinte frase: “É histórico! Depois de 40 anos o que era sonho, virou realidade”.
A unidade será 100% gratuita, pois ofertará serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A obra do Hospital Central foi lançada em 1984 na gestão do ex-governador Frederico Campos, e parou três anos depois, em 1987.
Entre as especialidades previstas, estão cardiologia, neurologia, vascular, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, infectologia e cirurgia geral.
A projeção do Governo é que os atendimentos tenham início parcialmente em setembro e já em dezembro deve estar 100% em atividade.
No evento, também estiveram presentes o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, e o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein Sidney Klajner, entre outras autoridades e chefes de Poderes.
Veja solenidade:
FONTE: MIDIA NEWS