A onça que atacou um caseiro no interior de Mato Grosso do Sul não deve voltar à região de mata onde foi capturada. O felino está sendo tratado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS), e, posteriormente, deverá ser encaminhado para um recinto provisório ou definitivo, a ser definido pelo governo.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as próximas medidas serão discutidas em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
“O animal deverá ser destinado a uma instituição mantenedora de fauna apta a recebê-lo e será incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio”, informou o instituto em nota enviada à CNN. A reportagem do Terra procurou o órgão, mas não foi respondido.
A nova moradia da onça será escolhida com base em um plano de preservação da espécie, considerada ameaçada de extinção.
No dia 21 de abril de 2025, a onça atacou o caseiro José Avalo, de 60 anos, e fugiu. Três dias depois, na quinta-feira, 24, o animal foi capturado na região de mata de Touro Morto, em Mato Grosso do Sul. De acordo com boletim veterinário divulgado pelo CRAS, a onça passou por exames e permanece em acompanhamento veterinário 24 horas por dia, devido a um quadro de desidratação, perda de peso e alterações hepáticas, renais e gastrointestinais.
José Avalo foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo à mata, a cerca de 230 quilômetros de Campo Grande. Embora tenha sido atacado na segunda-feira, 21, seu corpo só foi localizado na terça-feira, 22. Moradores que encontraram o corpo relataram que o ataque foi incomum e disseram ter se guiado pelas marcas de sangue para localizá-lo.
FONTE: Folha Max