sexta-feira, dezembro 5, 2025

Empresa teria pagado R$ 250 mil em propina; dessa quantia, R$ 100 mil foi em espécie para Sargento Joelson, diz PJC | RDNEWS

Empresa teria pagado R$ 250 mil em propina; dessa quantia,

A investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrada contra os vereadores Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL), revela que houve o pagamento de R$ 250 mil, a título de propina, pela empresa HB 20 Construções Eireli, para o favorecimento da tramitação de uma matéria de seu interesse no Legislativo Cuiabano. A operação, batizada de Perfídia, foi deflagrada nesta terça-feira (29).

Rodinei Crescêncio

No autos, aos quais o teve acesso, consta que a empresa tocava obras de drenagem e pavimentação na Avenida Contorno Leste, na Capital. A dinâmica do repasse, conforme aponta a investigação, envolveria a atuação de João Jorge Catalan Mesquista, funcionário da empresa, operacionalizando R$ 150 mil via Pix para a conta bancária de José Márcio da Silva Cunha, apontado como intermediário para conclusão do esquema. Segundo a Deccor, João Jorge teve a função de repassar ainda R$ 100 mil “em espécie diretamente ao vereador Sargento Joelson”.

Ambos os vereadores teriam se comprometido a empregar seus ofícios para destravar pagamentos devidos pelo Município no ano de 2023. A matéria referente ao caso havia sido apresentada pela Prefeitura, para autorização do parcelamento ou reparcelamento de R$ 165 milhões do Município com órgãos federais. A matéria foi aprovada em 21 de setembro de 2023 pelo placar de 16 votos a 5.

Rodinei Crescêncio/RD News

 Sargento Joelson

Vereador Sargento Joelson, um dos alvos da Operação Perfídia, deflagrada nesta terça-feira (29)

 Com o parcelamento aprovado, a Prefeitura sairia da inadimplência e poderia acessar recursos federais. Conforme as investigações, parte desses recursos seriam usados para financiar o Contorno Leste e, consequentemente, pagar a empresa que supostamente praticou corrupção ativa.

Ainda conforme os autos, com o decorrer das investigações, foi identificado que após a aprovação da matéria na Câmara, a HB 20 Construções recebeu um pagamento de R$ 4,8 milhões, o maior recebimento em contrato. “Diante dos indícios robustos de prática delitiva, a autoridade policial representou pela expedição dos mandados”, diz trecho da ação. Os pedidos foram acatados pela juíza Edna Ederli Coutinho.

“As evidências apontam que os investigados Joelson Fernandes e Francisco Carlos, valendo-se de seus mandatos eletivos e da estrutura da Câmara, orquestraram um esquema de solicitação e recebimento de propina, utilizando aplicativos de mensagens (WhatsApp) para coordenar as ações e garantir a aprovação de interesses particulares em detrimento do bem público”, diz trecho do documento.

Foram alvos da operação os dois vereadores, que foram afastados do cargo, e Glaudecir Duarte Preza (engenheiro responsável), José Márcio da Silva Cunha (suposto intermediário) e Jean Martins e Silva Nunes (funcionário da empresa).

FONTE: RDNEWS

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