A chapa “Federação para Todos”, liderada por Dorileo Leal, anunciou nesse sábado (3) sua retirada da eleição da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), alegando descumprimento de liminar judicial e risco de nulidade do processo. Em nota, a FMF negou irregularidades e afirmou que a nova comissão eleitoral foi instituída em assembleia, em conformidade com o estatuto, anunciando a continuidade do processo eleitoral, para o próximo sábado (10).
O advogado Antônio Eduardo Costa e Silva, que representa a chapa “Federação para Todos”, afirmou que a FMF está tentando validar uma nova eleição por via administrativa, mesmo com uma liminar em vigor determinando a suspensão do processo eleitoral. Segundo ele, a chapa de Dorileo não reconhece a legalidade dos atos praticados pela atual diretoria, encabeçada por Aron Dresch, e defende a realização de uma nova eleição, com isonomia e ampla participação dos clubes.
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O empresário Dorileo Leal e o atal presidente da FMF, Aron Dresch, que tenta seguir no mandato
“O processo está judicializado. Existe uma ordem judicial em vigor. A FMF tenta, por ato administrativo, sobrepor essa decisão. Não reconhecemos validade alguma no que está sendo feito”, declarou Costa e Silva. “Se for o caso, há possibilidade real de intervenção na entidade”, completou o advogado.
FMF nega ilegalidade e sustenta que segue estatuto
Em nota oficial divulgada nesse sábado, a FMF afirma que dissolveu a antiga comissão eleitoral, formada pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), e criou uma nova comissão em assembleia geral, realizada pelos filiados, onde deliberaram pela continuidade do processo eleitoral para o próximo sábado (10).
“Apesar de terem participado de todas as discussões e votações, representantes da chapa ‘Federação para Todos’ e da ACCF recusaram-se a assinar a ata, mesmo após prazo concedido pela presidência da mesa. Na mesma ocasião, a chapa ‘Federação para Todos’ anunciou sua retirada do processo eleitoral”, diz trecho da nota.
A FMF, no entanto, não faz menção direta à liminar judicial expedida pela juíza Glenda Moreira Borges que suspendeu a eleição após identificar possíveis irregularidades, entre elas a tentativa de um terceiro mandato consecutivo por parte do atual presidente, Aron Dresch — o que seria vedado pelo estatuto.
Eleição segue sem consenso
A “Federação para Todos” afirma que já ingressou com novas medidas judiciais para garantir que nenhum ato seja validado sem o devido respeito às decisões judiciais.
A defesa de Dorileo declarou que o grupo esperava um pleito “limpo, transparente e justo”, mas que as “manobras administrativas” praticadas pela atual gestão comprometeram totalmente a integridade da eleição. Ele ainda acusa a direção da federação de agir com a certeza de impunidade e alerta que “ordem judicial se cumpre, não se ignora”.
FONTE: RDNEWS