Cinco faccionados foram presos nesta sexta-feira (16), durante a Operação Parallel Cour, suspeitos do homicídio do jovem Geliton Teles Moreira, 18 anos, que foi sequestrado logo após sair de sua casa, em Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá), no início de abril deste ano.
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Durante a operação, foram cumpridos 27 mandados judiciais contra faccionados. Geliton foi executado depois de ser submetido ao “tribunal do crime” e sentenciado à morte. A vítima foi torturada e assassinada de forma brutal. O crime aconteceu na noite do dia 2 de abril.
Segundo a Polícia Civil, a avó do jovem foi quem procurou a polícia, no dia 3, e registrou a ocorrência de desaparecimento de pessoa. A comunicante relatou que o neto saiu de casa para dar uma volta e não retornou.
Desde então, os policiais civis de Chapada dos Guimarães passaram a diligenciar para esclarecer a ocorrência de desaparecimento e, depois de seis dias, localizaram o corpo da vítima. As investigações apontam que a vítima foi julgada de forma clandestina por membros da facção em um tribunal paralelo (prática utilizada por criminosos para impor domínio de território e disseminar o medo em comunidades).
PJC
Os indícios colhidos constataram que o homicídio ocorreu em razão do jovem ser acusado de abusar sexualmente de uma criança de apenas 10 anos. Nesta sexta, foram cumpridas 27 ordens judiciais, sendo oito mandados de prisão temporária, cinco mandados de busca e apreensão domiciliar, 10 quebras de sigilo de dados telefônicos e quatro outras medidas cautelares, expedidas pelo juízo da Comarca de Chapada dos Guimarães.
Os envolvidos respondem ao inquérito instaurado para apurar os crimes de sequestro, tortura, homicídio qualificado e organização criminosa. De acordo com o delegado que preside as investigações, Eugenio Rudy Junior, as medidas cautelares visam aprofundar as diligências e reunir mais elementos probatórios acerca da participação dos integrantes da facção no planejamento e na execução do crime.
Parallel Court
O nome da Operação faz referência ao cenário existente de um tribunal paralelo clandestino.
FONTE: RDNEWS