A vereadora e primeira-dama de Cuiabá, Samantha Iris (PL), não considerou de cunho misógino os enfretamentos que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, encarou nesta semana durante audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal. A ministra reclamou ter sido desrespeitada e abandonou o encontro após diversas divergências com os senadores.
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Nesta quinta-feira (29), Samantha, que foi eleita em uma legislatura com mais 7 vereadoras, foi questionada sobre a situação de Marina, no sentido de que considerava ser mais um exemplo de violência política de gênero. Ela, porém, afastou tal versão. Ainda que assegurando não ter conhecimento total do assunto, apontou que a postura de Marina poderia ser apenas uma tática para não responder aos questionamentos.
“De verdade, eu nem sei o que que rolou. Eu sei que aconteceu alguma coisa com ela e tal, mas assim, com todo respeito, por ser mulher, mas a gente sabe que o pessoal da equipe do Lula tem uma dificuldade muito grande em responder perguntas. Então, assim, não tem nada a ver com a questão de ser mulher. Tem a ver, de repente, com a questão ali de responder as perguntas, porque eu acho que todos os ministros do Lula ou as pessoas da ligadas a ele, quando têm que responder alguma coisa, parecem ter o mesmo comportamento de se esquivar”, disparou a vereadora.
Marina bateu boca com o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, Marcos Rogério (PL-RO), que em determinado momento, ordenou que ela “se colocasse no seu lugar” após ela cobrar educação durante os embates. Ela discutia com o senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre as cobranças de obras de pavimentação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RR).
Minutos depois, ela foi atacada novamente, desta vez, pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), dizendo que ela não merecia respeito como ministra, mas apenas como mulher. A situação ficou insustentável e Marina abandonou a comissão, a qual estava como convidada, com o objetivo de prestar informações sobre estudos e reuniões realizadas para a criação de unidades de conservação marinha na Margem Equatorial. Vale ressaltar que Valério, no mês de março deste ano, já expôs que teve vontade de “enforcar” a ministra por falar demais.
FONTE: RDNEWS