O médico otorrinolaringologista Henrique Guedes destaca que a data serve como um lembrete para que a população preste atenção aos sinais que o corpo emite e busque orientação especializada.
“Muitas vezes, quem sofre com espirros, coceiras, manchas na pele ou falta de ar não sabe que isso pode ser uma alergia — ou pior, trata como se fosse outra coisa. A campanha ajuda a informar a população, prevenir complicações e incentivar o diagnóstico correto”, comentou o otorrinolaringologista.
Um dos principais desafios no diagnóstico das alergias está na semelhança dos sintomas com os de outras condições, como resfriados, gripes e irritações comuns da pele. Por isso, muitos casos são confundidos e tratados de forma inadequada.
“Além disso, muitas pessoas se autodiagnosticam ou seguem dicas da internet ou de amigos, o que pode levar a erros. Só um profissional da saúde pode avaliar corretamente os sinais, pedir exames se necessário e indicar o melhor tratamento”, afirmou Henrique Guedes.
Os quadros mais graves exigem atenção imediata, já que podem incluir sintomas como queda de pressão arterial, alterações no ritmo cardíaco e colapso vascular, com risco potencial de morte.
Embora reações passageiras sejam comuns e geralmente desapareçam sozinhas, o médico alerta que as alergias tendem a se manifestar de forma recorrente ou prolongada. Observar esse padrão é fundamental para diferenciar os dois casos.
“Por exemplo, se toda vez que você come um alimento específico ou entra em um ambiente com poeira sente os mesmos sintomas — como coceira, nariz entupido ou falta de ar —, isso pode ser um sinal de alergia. A repetição e a duração dos sintomas são pistas importantes”, explicou o médico.
Ignorar sintomas recorrentes pode trazer sérios riscos à saúde. O médico reforça que o tratamento precoce é essencial para evitar o agravamento do quadro clínico.
“Uma simples coceira pode virar uma infecção na pele, uma rinite pode evoluir para uma crise de asma, e em casos mais graves, pode até acontecer uma reação alérgica generalizada, que é uma emergência médica. Por isso, o ideal é buscar ajuda logo no início dos sintomas, antes que a situação piore”, acrescentou o especialista.
Muitos pacientes ainda acreditam que as alergias podem ser completamente curadas. Na prática, a maioria dos casos exige controle contínuo e mudanças no estilo de vida.
“E o mais importante: saber o que causa a alergia (como poeira, ácaros, mofo, alimentos, pelos de animais ou medicamentos) é o primeiro passo para evitar crises. A boa notícia é que, com diagnóstico e orientação corretos, é possível viver bem e com qualidade de vida mesmo com alergia”, concluiu o otorrinolaringologista.
Diante disso, especialistas reforçam que o tratamento correto é essencial para melhorar a qualidade de vida, prevenir complicações e reduzir o impacto das alergias na rotina diária. A atenção médica é indispensável — tanto para o diagnóstico preciso quanto para o controle eficaz da doença.
FONTE: matogrossosaude