O prefeito de Chapada dos Guimarães Osmar Froner (União Brasil) se diz confiante de que, enfim, o governo do Estado irá viabilizar uma saída definitiva para a região do Portão do Inferno, que teve as obras de retaludamento paralisadas após a identificação de riscos. Na semana passada, o Executivo anunciou a construção de um túnel no local.
Froner ressalta, em entrevista ao , que a cidade sofre os impactos negativos da situação há pouco mais de um ano e meio e que é necessária uma solução definitiva. “Havia definido pelo retadulamento e tudo indica que tem risco. Atrapalha muito a cidade, obras são boas e a expectativa era de que tivesse a qualidade imprimida pelo governador Mauro Mendes, mas atrasou e ficamos nessa situação”, desabafa.
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Ainda segundo o gestor, a instabilidade provocada pela celeuma traz reflexos negativos na cidade turística porque gera instabilidade, preocupando as pessoas que fizeram as suas reservas e que precisam, por exemplo, se deslocar para pegar voos de volta ao seu destino de origem.
Questionado se acredita que o governo falhou, em optar pela opção que parecia ser mais simples, Froner concorda que sim e ressalta que estudos mais detalhados poderiam ter sido executados. Apesar disso, ele reconhece que o Estado enfrentou percalços e entraves junto ao ICMBio e ao Ibama para garantir a liberação das obras. Assim, ressalta que agora é necessário focar na solução definitiva.
Flexibilização nas áreas de acesso
Diante da situação, em ofício encaminhado ao presidente da Assembleia Max Russi (PSB), o prefeito pede a articulação do Legislativo para buscar a autorização para que veículos com peso total de 9 toneladas possam circular nos dois sentidos da MT-251, levando em consideração apontamentos de relatório técnico emitido pela Uniselva de conhecimento do governo. “Possibilitaria que veículos com verduras e frutas trafegam por lá, até mesmo as caminhonetes com carretinha, que é uma das reclamações da população”, pondera o prefeito.
Ainda na MT-251, Froner quer a autorização para que veículos de 48 toneladas possam transitar no trecho Chapada – Mirante – Campo Verde. “Permitindo assim o escoamento da produção agrícola do município pela rota alternativa da estrada parque, atualmente com restrições de carga até 14 toneladas”.
O gestor também quer que veículos com peso total de 48 toneladas tenham o aval do Executivo estadual para circular na MT-246 (Água Fria – Manso).
Alternativa, segundo ele, permitirá que, durante a estiagem, seja feito o abastecimento de insumos agrícolas como calcário e outras cargas necessárias à população, impactando na redução dos custos de frete. Via alternativa não é totalmente pavimentada, por isso, seu uso se torna mais viável quando as chuvas cessam.
As medidas, segundo Froner, visam baratear o frete, que tem impactado diretamente no preço de alimentos, bebidas, combustível e também no escoamento da safra e na aquisição de insumos agrícolas.
Túnel
Na semana, após o governador reconhecer as falhas no projeto, que previa o corte do morro no trecho do Portão do Inferno, o Estado decidiu implantar um túnel na rodovia que liga Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Atualmente, a Sinfra trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia para realizar a licitação para contratação integrada de uma empresa. A expectativa é que o edital seja publicado em agosto deste ano.
Segundo a Sinfra, todas as intervenções já realizadas seriam necessárias independentemente da solução final adotada. Ainda segundo o governo, a escolha pelo túnel representa uma possível solução com menor impacto social, paisagístico e operacional, além de preservar o entorno da rodovia e permitir a continuidade do tráfego durante a execução das obras.
A mudança no projeto original foi definida após a realização de sondagens geotécnicas, só possíveis com o avanço das obras. Os estudos incluíram levantamentos topográficos com tecnologia de detecção remota e ensaios geofísicos, possibilitando uma caracterização mais precisa da rocha no local.
A reavaliação da alternativa de engenharia também foi recomendada em pareceres técnicos emitidos pelo ICMBio e pelo Ibama.
FONTE: RDNEWS
