quarta-feira, julho 9, 2025

Menino autista de 4 anos encontrado amarrado em escola

 

Um menino de 4 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não verbal, foi amarrado em uma cadeira dentro do banheiro de uma escola em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A suspeita de amarrar a criança é uma professora da instituição, que foi presa em flagrante pela Guarda Municipal (GM) após uma denúncia de maus-tratos. O caso ocorreu na segunda-feira (7), no bairro Iguaçu.

 

Segundo a GM, a criança estava sozinha, amarrada pelos pulsos e pela cintura com tiras de tecido. O g1 procurou a defesa da professora e da escola, mas não obteve resposta. Quando os guardas municipais e os conselheiros tutelares chegaram ao local, a professora confessou que amarrou o menino porque ele estava muito agitado.

Os conselheiros tutelares informaram ainda a professora informou ter tomado a atitude com autorização da pedagoga da escola.

“Foi uma situação triste, bem delicada. Nunca presenciei algo assim […] Ela estava de roupa, mas era um ambiente gelado. Aqui já tem feito muito frio e, dentro do banheiro, não sabendo por quantas horas aquela criança permaneceu ali dentro, a gente não tem como dimensionar”, disse o conselheiro tutelar, Vanderlei Chefer.

A professora foi presa em flagrante por tortura e foi encaminhada à Delegacia da Polícia Civil. Ela ficou em silêncio durante o depoimento e deve passar por audiência de custódia ainda nesta terça (8).A pedagoga foi encaminhada para a delegacia, mas não permaneceu presa, conforme apurou a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.

Não há informações de quanto tempo o menino ficou sozinho no banheiro.Os pais contaram que o menino estava na escola há quase três anos, mas que, nos últimos meses, as professoras começaram a reclamar do comportamento dele.

“Meu marido me ligou falando que era pra eu ir urgente pra escola que ele estava preso no banheiro. Cheguei na escola e ele não estava mais amarrado. A hora que vi as imagens, fiquei desesperada. É muito triste, desesperador”, informou a mãe Mirian de Oliveira Ambrozio.

Após a denúncia, os pais afirmaram ainda que receberam outros vídeos que mostravam o menino na mesma situação dentro da escola.”Na sexta-feira ele foi amarrado também. Ele estava mamando amarrado, outra pessoa segurando a mamadeira para ele […] É um arrependimento de ter colocado ele nessa escola”, contou.

A escola cancelou as aulas na unidade nesta terça. Segundo a GM, a direção da instituição colaborou com as autoridades e a mãe da criança acompanhou todo o procedimento. Especialistas recomendam que as escolas forneçam uma formação para que os profissionais saibam aplicar um protocolo seguro para lidar com episódios de agressividade de alunos autistas. 

FONTE: Folha Max

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