sexta-feira, julho 11, 2025

Câmara de Cuiabá aprova lei que proíbe transexualização de menores de 18 anos | RDNEWS

 A Câmara de Cuiabá aprovou em primeira votação, com 22 votos favoráveis, o projeto de lei de autoria do vereador Rafael Ranalli (PL) que proíbe a realização de procedimentos hormonais e cirurgias com a finalidade de transição de gênero em menores de 18 anos da cidade. O texto veta, tanto na rede pública quanto na privada, qualquer tipo de intervenção médica com esse objetivo, incluindo o uso de bloqueadores hormonais, hormonioterapia cruzada e cirurgias plásticas para alteração de sexo. O projeto deve passar pela segunda votação na próxima semana.

Na semana passada, por 17 votos a 5, a Câmara de Cuiabá derrubou o parecer da Comissão de Constituição e Justiça(CCJ).  A recomendação era pela rejeição da matéria por inconstitucionalidade.

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De acordo com o texto por Ranalli,  a proibição se estende a clínicas, hospitais e profissionais liberais que atuem na capital mato-grossense. Estão fora da vedação apenas os tratamentos de disfunções genéticas, congênitas ou endócrinas, desde que não envolvam a mudança de sexo ou de identidade de gênero.

A justificativa oficial da lei é proteger crianças e adolescentes de procedimentos considerados irreversíveis, que, segundo o projeto, ainda carecem de respaldo científico definitivo quanto à segurança e aos impactos psicológicos em pessoas em desenvolvimento. A proposta também cita uma portaria do Ministério da Saúde, que já restringe procedimentos transexualizadores no SUS a adultos, e a nova resolução do Conselho Federal de Medicina, que proíbe a transgenitalização e uso de hormônios cruzados em menores.

“O Conselho Federal de Medicina já proibiu a alteração hormonal em crianças e cirurgia em menores de 18 anos. É um projeto para Cuiabá se posicionar. Isso aqui é uma Casa de Leis, não é uma casa de advogados. A legislação existe, existe e a gente está aqui para questionar. E eu ouvi isso da boca de alguns aqui ontem. Que essa Casa aqui, ela tem que cumprir o seu papel, que é criar lei. Um juiz que julgue depois, o Ministério Público que entre, é opinião minha e é política sim”, explicou Ranalli.

Segundo o vereador, o texto promove  “proteção integral” previsto na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente, e que a norma prevê punições administrativas, civis, éticas e penais para quem descumpri-la. A proposta também foi apresentada sob a justificativa de garantir o “respeito à autonomia futura” e afirma que não tem o objetivo de discriminar pessoas trans. (Com Assessoria)

FONTE: RDNEWS

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