Os empresários Julinere Goulart Bastos e César Jorge Sechi, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, nesta sexta-feira (11), suspeitos da participação no mando do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em 5 de julho de 2024, em Cuiabá.
Segundo a investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, o advogado foi assassinado por conta de uma discussão judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, região leste de Mato Grosso.
João Aguiar/Rdnews
Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, presos no dia 9 de maio deste ano.
A DHPP apurou que o casal articulou o crime por meio de intermediários – sendo o policial militar, 3º sargento da Força Tática, Heron Teixeira Pena Vieira, e o caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva, contratados como os executores do crime.
O casal, morador de um condomínio em Primavera do Leste, já se encontra preso preventivamente. Eles foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, promessa de recompensa, emprego de meio que possa resultar em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Crime arquitetado
Durante as investigações, foi constatado que o Heron e Alex vinham monitorando a vítima por vários dias. Também foi comprovado que, no dia anterior ao homicídio (4 de julho de 2024), o caseiro parou com a moto próximo ao escritório do advogado, em horário idêntico e no exato local de onde atirou na vítima no dia 5 de julho.
As provas demonstraram que o crime foi premeditado e a intenção era assassinar o advogado no dia 4. Mas, por algum motivo alheio, o crime não se consumou no dia planejado, provavelmente devido a alguma circunstância inesperada.
Homicídio
Renato Gomes Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.
Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.
As investigações ainda seguem para apurar outros possíveis envolvidos.
FONTE: RDNEWS