O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), principal voz do bolsonarismo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reagiu à declaração do senador Wellington Fagundes (PL) sinalizando que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cometeu “exagero” ao articular sanções ao Brasil junto ao Governo dos Estados Unidos. Segundo ele, o PL não concorda com alguns pontos e deve discutir internamente antes de se manifestar sobre o assunto.
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Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, articulando sanções contra o Brasil, que resultaram no tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras e na suspensão dos vistos de ministros Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridade do país. Como condição para revogar as medidas, o parlamentar fala em anistia para seu pai – ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) – na ação penal sobre a trama golpista e aos condenados do 08 de janeiro de 2023.
“Meu querido senador Wellington Fagundes, qual é o exagero? O exagero é denunciar a perseguição que está acontecendo no nosso país? Levar a discussão para dentro do PL, discutir internamente as ações do Eduardo? Quando foi que o PL se reuniu para discutir internamente as ações dos senadores do PL que deveriam estar agindo contra os desmandos do STF? Esse é o questionamento, senador (…) E aí o senhor vem dizer que os exageros vão ser discutidos no PL como se o PL fosse punir o Eduardo, que já nem é mais deputado, já está abrindo mão do seu mandato”, disse Cattani em vídeo postado nas redes sociais. Veja Abaixo.
Além disso, Cattani afirmou que Wellington precisa entender que ser de direita é defender os valores da ideologia até morte. Conforme o deputado, isso significa até mesmo abrir mão de mandatos, renda e benesses do poder.
“Senador, uma coisa que o senhor tem que entender é que ser de direita é viver os valores que nós defendemos, até a morte, se for preciso, não levando em conta nossos mandatos, nossa renda ou as benesses que o cargo nos dá. É fazer exatamente o que o Eduardo Bolsonaro está fazendo, defendendo o Brasil lá no exterior, para que realmente a nossa pátria como um todo possa ser salva e não os nossos mandatos ou a nós mesmos”, completou.
Cattani também diz esperar que, no ano que vem, os mato-grossenses escolham melhor os senadores e deputados federais. Para ele, essa é a única forma de enfrentar a situação política que o Brasil está vivendo.
Wellington é o segundo senador alvo das críticas de Cattani. A senadora Margareth Buzetti (PSD) foi tachada como “vergonha de Mato Grosso” após chamar Eduardo Bolsonaro de “moleque” e colocar a culpa nele pela tornozeleira eletrônica que está sendo usada pelo seu pai por imposição do STF.
FONTE: RDNEWS
