quinta-feira, setembro 4, 2025

Tarifaço de Trump é político e pode colocar Brasil nos trilhos, projeta Galvan | RDNEWS

O ex-presidente da Aprosoja Brasil e pré-candidato ao Senado por Mato Grosso, Antonio Galvan (Democracia Cristã), considera que o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não possui motivações econômicas, mas se trata de uma guerra política, por ver governo do presidente Lula (PT) se “aliando” a países ditatoriais.

Reprodução

Inicialmente, Trump chegou a insinuar que os EUA estavam sendo prejudicados na parceria comercial, contudo, são os americanos que levam vantagens sobre o Brasil. Ele, então, passou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diante do avanço das investigações que apuram uma trama golpista e risco iminente de prisão.

Para Galvan, que tenta alavancar seu projeto eleitoral fortalecendo o discurso bolsonarista, a postura de Trump surge em meio ao “desgoverno” de Lula, que teria provocado a evasão de investidores antes mesmo do tarifaço e estaria dando sinais de que caminha para uma ditadura: “Nós sabemos que esse tarifácio aí não é por conta de economia, não é um tarifácio econômico”.

Esse tarifaço é para tentar ver se o Governo [Lula] enxerga e vem de volta para dentro com os países onde pode se dizer que tem democracia


Antonio Galvan

“Ninguém mais tem confiança de fazer investimento no Brasil, porque nós estamos aí com, posso dizer, garantidamente com desgoverno, que está com as contas públicas hoje  tudo no vermelho […] O que se sente o norte-americano, principalmente o Trump, é uma questão geopolítica hoje, que nós não temos mais segurança jurídica, não tem mais empresário nenhum que queira fazer investimento e a gente está vendo o emprego ir embora já, sem nem mesmo o tarifaço. Então, na verdade, esse tarifaço é para tentar ver se o Governo enxerga e vem de volta para dentro com os países onde pode se dizer que tem democracia”, argumentou ele.

A decisão de Trump sobre o tarifaço entrará em vigor a partir de 1º de agosto, provocando aumento da inflação e aumento do desemprego no Brasil. O líder americano sinaliza que as taxas podem cair se o Brasil encerrar a “caças às bruxas” contra Bolsonaro, ou seja, concedendo anistia a ele e aos bolsonaristas presos pelo ataque de 8 de janeiro. 

Sem espaço para diálogo diplomático entre Brasil e Estados Unidos, uma das poucas vozes a ser escutada pelos americanos é de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro, que tem sido apontado como o responsável pelo tarifaço – apontado como solução para pressionar a anistia. Ele está licenciado do mandato de deputado federal nos Estados Unidos, sobre versão de estar “exilado”, frente à suposta “perseguição” que estava sofrendo no Brasil. Sua atuação em solo americano provocou a imposição do uso de tornozeleira em seu pai.



FONTE: RDNEWS

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