Passado dois dias da cena que ganhou repercussão negativa pelo país, onde congressistas brasileiros estenderam uma bandeira em favor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL) usou as redes sociais para negar que estava fazendo discurso favorável ao líder americano. A cena chocante foi registrada durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados.
“Os próprios parlamentares pediram para abaixar essa bandeira. Porque a nossa luta ali não era pelo Trump, e sim pela nossa democracia”
Wellington Fagundes
O senador discussava sobre a necessidade de se ter um país livre e manifestava apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que é alvo de investigação da trama golpista – momento em que surgiu uma bandeira pró-Trump nas suas costas, que prontamente foi retirada. Contudo, os poucos segundos renderam e a cena viralizou. Nesta quinta-feira (24), o Wellington destacou que sua luta é de apoio exclusivo a Bolsonaro e “pelos brasileiros”. Ele criticou o surgimento de “matérias falsas” sobre o tema.
“Sabe o que parte da imprensa está dizendo sobre isso? Que eu estava fazendo um discurso pró-Trump e que a gente estava ali para defender eles [americanos]? Vamos deixar isso bem claro, gente. Isso não é verdade. Os próprios parlamentares pediram para abaixar essa bandeira. Porque a nossa luta ali não era pelo Trump, e sim pela nossa democracia”, disparou.
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Momento em que a bandeira pró-Trump foi erguida por trás do senador Wellington Fagundes: cena viralizou
O presidente americano impôs tarifas de 50% sobre a produção brasileira, inviabilizando transações comerciais entre os dois países, a partir de 1º de agosto. A sanção pode cair se o Brasil encerrar as investigações contra Bolsonaro e conceder a anistia, no entanto, a interefência americana é rejeitada. Mas para a ala bolsonarista, a medida é vista com bons olhos. Isso porque eles alegam o pedido parte de um “país democrático”, enquanto o Brasil, “caminha para uma ditadura”, seja do Judiciário ou das “alianças” formadas pelo presidente Lula (PT).
A ala mais radical considera que há uma tremenda perseguição orquestrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo ministro Alexandre de Moraes, apontado como o “carrasco”. Eles tentam se mobilizar com pedidos de impeachment de ministros da suprema corte, mas sem apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Ainda nesta escalada, Wellington pediu atenção da população nessa guerra de versões.
“Nós estávamos ali para lutar com justiça pelo presidente Bolsonaro, que vem sendo perseguido, e principalmente por você, cidadão brasileiro. Então, eu peço, fica de olho. E não caia em fake news”, acrescentou.
FONTE: RDNEWS