quinta-feira, julho 31, 2025

Bando usa dados de mulher esquizofrnica e interditada para golpes no TJ-MT | FOLHAMAX

 

Uma das vítimas da organização criminosa montada para desviar valores milionários do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) possuía laudo médico de esquizofrenia e estava interditada judicialmente há mais de uma década. A revelação foi dada pelo delegado Pablo Carneiro, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30). 

No início da noite de hoje, o Superior Tribunal de Justiça avocou toda investigação devido a citação de desembargadores no esquema, o que faz com que a devassa passe a ser conduzida pela Polícia Federal. “Fiz a investigação na presença do curador, que é o marido dela, advogado. Ela possui laudo da Politec [Pericia Oficial e Identificação Técnica]”, revelou.

A vítima é Erica Patrícia Cunha da Silva, que afirmou reconhecer a existência apenas uma nota promissória no valor de R$ 17,9 mil cujo pagamento foi feito de forma parcelada diretamente à empresa RRV Empresa de Cobrança LTDA.  Ao lado do marido e do advogado, ela negou ter firmado qualquer outra obrigação com a empresa, inclusive uma segunda nota promissória no valor de R$ 3,8 mil.

Além disso, informou que jamais assinou procuração ao advogado Rodrigo Marinho que aparece em uma ação como seu advogado. Marinho também figura como um dos alvos e está preso. 

Carneiro estava à frente das investigações da Operação Sepulcro Caiado, que prendeu 11 pessoas, entre elas, sete advogados, três servidores do Poder Judiciário, um empresário e seus familiares, sendo eles mãe e irmão. Além das pessoas, físicas, empresas também foram avos de busca, apreensão e sequestro de bens, determinados pelo juiz de garantias, Moacir Rogério Tortato. 

Os juristas são: Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa Da Silva, João Miguel da Costa Neto, Denise Alonso; O empresário é João Gustavo Ricci Volpato e seus familiares são Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato. O servidor é Mauro Ferreira Filho, que está foragido da Justiça. 

“Então, a pessoa que estava sendo executada voluntariamente se apresentava aos autos e fazia esse depósito. Só que, na realidade, não é isso. Essa pessoa que estava sendo executada sequer tinha conhecimento desse processo. E esse comprovante de depósito, que era juntado aos autos, era um comprovante falso”, explicou o delegado.  Na operação, foram cumpridos mais de 160 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão, 16 ordens de bloqueio judicial totalizando mais de R$ 21,7 milhões, além de 46 quebras de sigilo fiscal e bancário e sequestro de 18 veículos e 48 imóveis.

FONTE: Folha Max

comando

DESTAQUES

RelacionadoPostagens