Advogados de Régis Poderoso de Souza, Denise Alonso e Rodrigo Marinho apresentaram habeas corpus ao Judiciário para revogar as prisões decretadas na operação Sepulcro Caiado que apura um esquema de fraudes em execuções judiciais estimado em R$ 21 milhões. As defesas sustentam falta de individualização da conduta, ausência de risco à investigação e pedem substituição das prisões por medidas cautelares alternativas, destacando ainda a situação médica, vínculos familiares e a primariedade dos investigados.
A investigação aponta crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa com simulação de processos judiciais para manipular prazos e valores em execuções. Régis e Denise são acusados, entre outros fatos, de movimentações financeiras atípicas e uso de procurações supostamente falsas, alternando papéis de representante da parte exequente e executada em um mesmo processo.
Contudo, a defesa do casal afirma que eles apenas emprestaram seus tokens de assinatura digital a outro advogado, sem conhecimento do uso ilícito que teria sido feito. Além disso, Denise passou recentemente por cirurgia na Santa Casa de Marília (SP) e está em repouso médico, enquanto Régis está em férias na mesma cidade cuidando da mãe idosa e da esposa.
Ambos possuem vínculos sólidos com a cidade, não têm antecedentes criminais e alegam renda lícita comprovada. Já Rodrigo Marinho, advogado com atuação nos processos investigados, também questiona a prisão preventiva decretada contra ele.
A defesa argumenta que não há indícios concretos de participação em qualquer estrutura criminosa, que sua atuação se limitou a procedimentos pontuais em processos de 2019 e 2020, sem qualquer atuação recente.
FONTE: Folha Max