Governador critica prisão de Bolsonaro: “Não podemos aceitar autoritarismo” | RDNEWS

O governador  de Mato Grosso Mauro Mendes (União Brasil) se manifestou contra a prisão domiciliar do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes,  no âmbito da ação penal  sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2023. Segundo ele,  a medida é “desnecessária, injusta e representa mais uma mácula no resultado de um julgamento que deveria ser justo e imparcial”.

Nas  redes sociais, Mauro Mendes criticou o sistema judicial brasileiro. Neste sentido,  afirmou que o Brasil vive uma distorção de prioridades.

Mayke Toscano

“Enquanto isso, o país caminha para o caos nas contas públicas, um colapso na Previdência e o avanço sem precedentes do crime e das facções criminosas”,  postou.

Na publicação, Mauro Mendes ainda diz que o Brasil se tornou o país da impunidade para criminosos enquanto prende Bolsonaro por um suposto golpe que nunca aconteceu. Além disso, critica o que chama de “seletividade da Justiça”.

  “Ao mesmo tempo, grandes traficantes são soltos diariamente, e réus confessos de desvios de bilhões em dinheiro público são inocentados”, pontua.

Mauro Mendes concluiu a postagem criticando os “excessos” ou “ilegalidades”.  O governador também diz que o autoritarismo não pode ser tolerado.

“É hora de um basta! Precisamos focar no Brasil e no que realmente pode ajudar a construir uma nação livre, soberana, democrática, sem tolerar nenhum excesso ou ilegalidade, de qualquer cidadão e, principalmente, de qualquer poder constituído. Não podemos aceitar autoritarismo em nome da democracia”, concluiu.

Prisão e cautelares

O ministro Alexandre de Moraes   decretou,  nessa segunda-feira (04) a prisão domiciliar de Bolsonaro. A medida foi tomada diante do descumprimento de medidas cautelares já impostas pela Corte.

Conforme Alexandre de Moraes, houve a publicação nas redes sociais de falas feitas por Bolsonaro, pelo telefone, durante as manifestações realizadas no domingo (03). O conteúdo foi postado por apoiadores, incluindo filhos do ex-presidente. Em sua decisão, o ministro ressaltou que as divulgações nas redes sociais demonstraram que houve a continuidade da tentativa de coagir o STF e obstruir a Justiça. A decisão foi tomada na Petição (Pet) 14129.

A prisão deverá ser cumprida na residência de Bolsonaro, em Brasília. Ele não poderá receber visitas, a não ser de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também fica proibido de usar aparelho celular, diretamente ou por meio de terceiros.

O ministro determinou, ainda, busca e apreensão de quaisquer celulares em posse de Jair Bolsonaro.



FONTE: RDNEWS

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