segunda-feira, outubro 13, 2025

Ex-vereador e servidor do TJ-MT afastado por fraudes de R$ 21 milhes | FOLHAMAX

 

O ex-vereador de Cuiabá e servidor de carreira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Luis Cláudio Castro Sodre (MDB), foi  afastado de suas funções por suposto envolvimento no esquema que desviou R$ 21 milhões da conta única do próprio Poder Judiciário. A fraude veio à tona com a deflagração da Operação Sepulcro Caiado, da Polícia Civil. Ele foi afastado nesta quarta-feira (13) e a informação foi confirmada ao FOLHAMAX nesta quinta-feira (14).  

Conforme apurado pela reportagem, todo o acesso ao sistema do Poder Judiciário foi bloqueado e Luis Cláudio responderá por sindicância interna. O emedebista exercia o cargo de técnico judiciário no Departamento do Funajuris com salário bruto de R$ 41,5 mil. Segundo as investigações, o grupo utilizava empresas vinculadas aos investigados para ajuizar ações de cobrança com valores superfaturados, apresentava procurações falsas e comprovantes de pagamento adulterados para obter alvarás de levantamento de valores. 

O ex-vereador é o quarto servidor afastado do Poder Judiciário. No dia 31 de julho, quando a operação foi deflagrada, as servidoras Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa além de Mauro Ferreira Filho, este apontado como “peça chave” do esquema, que tem como líder o empresário João Gustavo Ricci Volpato.  

No dia da ação, foram expedidas 11 ordens de prisões preventivas contra o próprio João Gustavo e Mauro, além de Augusto Frederico Ricci Volpato, apontado pela PC como braço operacional  e a mãe deles, Luiza Rios Ricci Volpato, que é professora aposentada da UFMT. 

Outros alvos foram o e ex-servidor comissionado da ALMT e advogado Régis Poderoso de Souza,  Wagner Vasconcelos de Moraes (advogado e ex-procurador do município de Poconé), Denise Alonso, (advogada e empresária), Themis Lessa da Silva (advogado), Rodrigo Moreira Marinho (advogado e ex-conselheiro da OAB), Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes (advogada) e João Miguel da Costa Neto (advogado).  

Todos foram presos, menos Mauro, que ficou foragido por mais de uma semana. Melissa teve a prisão convertida em domiciliar por estar grávida e Luiza por ser idosa. Posteriormente Denise conquistou o habeas corpus por ter passado por uma cirurgia estética.  Logo quando se entregou à PC, Mauro teve o pedido de liberdade aceito, assim como todos os alvos.  

A determinação foi dada pelo ministro Ricardo Villas Boas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para onde a investigação foi avocada por suspeita de ter participação de magistrados mato-grossenses. No momento, as defesas tentam anular operação da Polícia Civil e acusa a instituição de ter omitido dados contidos em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

FONTE: Folha Max

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