Vídeo postado prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) com alunos da Escola Estadual Alice Fontes causou indignação ao secretário de Estado de Educação, Alan Porto. Ocorre que o chefe do Executivo expôs adolescentes a situação vexatória, o que foi classificado como desnecessário e infeliz pelo chefe da Seduc. Além disso, a postagem foi recebida como crítica indireta qualidade de ensino das escolas estaduais.
Na manhã desta quinta-feira (14), Abilio fez fotos com alunos da escola. Na imagem, que acabou viralizando, um grupo de adolescentes faz o L em alusão ao presidente da República Lula (PT), a quem o prefeito faz oposição ferrenha.
Montagem/Reprodução
Quando a foto viralizou, Abilio procurou novamente o grupo de alunos pelo pátio da escola e o abordou. Em vídeo postado nas redes sociais, o prefeito pergunta se foram eles que fizeram o sinal e recebe resposta positiva.
Na sequência, o prefeito pergunta: “Quanto é 4×4?”. Uma das menores que aparece fazendo o L diz que não sabe.
A pergunta é repetida a outros estudantes, até e um deles responde “16”. Então Abilio continua: “Mas você não fez o L, né? Não dá para fazer o L e não saber quando é 4×4”.
Abilio ainda diz aos adolescentes que é preciso estudar, pois, caso contrário, não chegarão à faculdade. “Se chegarem, não sairão de lá”, afirma o prefeito.
Na legenda do vídeo, Abilio escreveu: “Sabe fazer o L, mas não sabe quanto é 4×4…. Aí é difícil. Educação nível ‘todes’”
Para Alan Porto, a postura de Abilio foi desnecessária e fomentou a divisão no ambiente escolar. Além disso, afirmou que o jurídico da Seduc deve avaliar que medidas podem ser tomadas em relação à situação.
“Me parece uma crítica à educação do Estado. Fomentar a divisão dentro das escolas não tem sentido nenhum. Foi uma fala lamentável do prefeito. Expor crianças desta forma não é saudável. Vamos ver com a secretaria o que fazer, mas é uma fala infeliz do prefeito”, declarou Alan Porto.
Após a repercussão do vídeo, a assessoria de comunicação de Cuiabá se posicionou. Neste sentido, disse que não se trata de crítica à educação do Estado.
FONTE: RDNEWS