quinta-feira, agosto 21, 2025

Lula chama Motta no Alvorada e Gleisi reúne líderes | FOLHAMAX

 

O governo fez uma operação de emergência após a derrota do governo na CPMI do INSS nesta tarde. O presidente Lula (PT) se reuniu o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), no Palácio da Alvorada, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chamou os líderes da base para uma bronca no Planalto. 

Motta e Lula conversaram por cerca de 40 minutos. A reunião ocorreu de última hora e fora da agenda logo depois de proclamada a eleição do senador oposicionista Carlos Viana (Podemos-MG) e do deputado bolsonarista Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como presidente e relator da comissão, respectivamente.

O resultado foi uma derrota para o governo. O Planalto contava com o senador Omar Aziz (PSD-AM) no comando do colegiado, com a intenção de fazer a CPMI o menos bombástica possível para não devolver a fraude bilionária do INSS ao noticiário. O receio era a máxima de que “uma CPI se sabe como começa, mas não como termina”. 

Os presidentes do Senado e da Câmara também foram derrotados. Aziz havia sido uma indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ao passo que Motta havia alçado o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator. Ele, inclusive, divulgou em suas redes o nome do indicado, que foi ignorado assim que a oposição assumiu o comando da CPMI.

Quando o resultado foi proclamado, os parlamentares da oposição começaram coros contra o PT. “Olê, Olê, Olê, Olê, vamos pra rua para derrubar o PT”, gritaram os oposicionistas enquanto governistas se movimentavam, sem entender o que havia ocorrido.

Gleisi convocou os líderes da base para entender o que aconteceu. Ela se reúne com os senadores Rogério Carvalho (PT-MG) e Randolfe Rodrigues (PT-AP) e os deputados José Guimarães (PT-CE), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) no Palácio do Planalto.

Além da bronca, o objetivo da reunião é alinhar o futuro. Sem presidência e relatoria, o governo entende que fica mais exposto e terá muito mais dor de cabeça com as possíveis convocações, que devem envolver o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) e um irmão de Lula, o sindicalista Frei Chico. 

Também se avalia que as chances de o enfoque ficar dividido entre governos diminui. Um dos esforços da atual gestão sempre foi lembrar que o escândalo surgiu na gestão Michel Temer (MDB) e escalonou durante Jair Bolsonaro (PL). Com a derrota, já se espera que os holofotes recaiam sobre Lula. 

FONTE: Folha Max

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