Enquanto alguns gigantes do futebol se afundam em dívidas, o Cuiabá vive momento histórico ao ser destaque com o segundo maior superávit financeiro do Brasil em 2024. Segundo levantamento feito pelo ge, o Dourado registrou R$ 218,8 milhões em receitas totais, resultando em um saldo positivo de R$ 64,7 milhões no ano passado.
A equipe liderada pela família Dresch chega a essa marca positiva graças a boa gestão e resultados sólidos conquistados fora de campo. Em 2024, apesar do rebaixamento, o clube mato-grossense ficou atrás apenas do Palmeiras, que liderou o ranking de superávit com 198,1 milhões.
AssCom Dourado
Para o radialista e pesquisador, Jenisson Bartniski, a conquista do Cuiabá se deve à boa gestão do presidente Cristiano Dresch. Segundo ele, o gestor auriverde é correto em suas decisões e não dá passos financeiros onde o seu bolso não alcança.
“Podemos discordar de muitas decisões do Cristiano Dresch olhando para dentro de campo no Cuiabá, mas administrativamente ele é um dirigente muito correto, que nunca dá passos maiores do que pode. O superávit do clube é reflexo de uma gestão profissional, que deveria servir de exemplo no futebol brasileiro”, avaliou.
O levantamento mostrou ainda que o Cuiabá é um time controlado, que se preza pelo equilíbrio em suas finanças para obter um baixo nível de endividamento. O passivo acumulado ao final de 2024 do Auriverde da Baixada foi de apenas R$ 36,7 milhões, diferentemente do poderoso Corinthians, que lidera o ranking negativo com R$ 2,4 bilhões em dívidas ativas.
“O Cuiabá iniciou seu processo de profissionalização em 2003 e, em 2025, 22 anos depois, colhe resultados impressionantes. Essa consciência de gestão não surgiu agora. Entre 2006 e 2008, o clube enfrentou uma crise financeira, mas conseguiu superá-la a partir da aquisição pela família Dresch, em 2009”, pontuou Jenisson.
Ao 
, Jenisson Bartniski destacou também as boas ações do Cuiabá que levaram o clube a se tornar o segundo maior superávit financeiro do Brasil em 2024. Entre elas, está a construção do Centro de Treinamento Manoel Dresch, que é avaliado em torno de R$ 50 milhões, além das vendas de alguns jogadores no mercado.
“Vale destacar que o Centro de Treinamento Manoel Dresch foi inaugurado no ano passado, com um investimento superior a 50 milhões de reais, simbolizando a modernização da estrutura do clube. No mercado de transferências, o Cuiabá vendeu Isidro Pitta, principal jogador da temporada passada, por quase 30 milhões de reais, e realizou sua primeira negociação de um atleta formado na base: o lateral-esquerdo Rikelme, transferido por cerca de 19 milhões”, destacou.
Apesar de erros dentro do elenco, Jenisson falou sobre a inteligência da família Dresch em administrar os cofres do clube e afirmou que o Cuiabá pode servir de exemplo de gestão para os demais times do estado, que segundo ele, têm muito a aprender nesse aspecto.
“O clube tem demonstrado capacidade de movimentar seus recursos de maneira bastante inteligente”
Jenisson Bartniski
“O clube tem demonstrado capacidade de movimentar seus recursos de maneira bastante inteligente. É claro que podemos questionar algumas escolhas em relação ao elenco e à definição de um treinador, mas a gestão financeira do Cuiabá merece ser amplamente elogiada. Deve, inclusive, servir como um verdadeiro case de gestão para os seus rivais locais, que ainda têm muito a aprender nesse aspecto”, finalizou.
Os dados do portal revelam ainda que a dívida total dos clubes analisados chegou a R$ 20,9 bilhões. O Corinthians figurou como o clube mais endividado, enquanto o Flamengo liderou em receitas, seguido por Palmeiras e Corinthians. Dos 24 clubes analisados, apenas oito fecharam o ano no azul.
Atualmente o Cuiabá se encontra na nona posição na tabela da Série B, com 32 pontos conquistados. O próximo desafio do Auriverde da Baixada é contra o Atlético-GO, em duelo marcado para domingo (24), às 20h30 (de Brasília), na Arena Pantanal, pela 23ª rodada da segundona.
FONTE: RDNEWS
